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Brasil Pessimismo com economia atinge menor nível em três anos

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Para 22%, o poder de compra irá aumentar. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O pessimismo dos brasileiros com a economia diminuiu nos últimos meses e atingiu em janeiro o nível mais baixo verificado nos últimos três anos, segundo o Datafolha.

Os números estão longe de indicar um surto de otimismo na população, mas sugerem que sua confiança na capacidade de recuperação da economia após três anos de recessão é crescente.

A melhoria de expectativas foi mais acentuada nas projeções que as pessoas fazem para o poder de compra dos seus salários, um reflexo da queda da inflação e da recuperação do mercado de trabalho.

Segundo o Datafolha, 37% dos brasileiros acham que seu poder de compra vai diminuir nos próximos meses. Há um ano, 59% pensavam dessa maneira. Para 22%, o poder de compra irá aumentar.

As estatísticas mais recentes do IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o desemprego está caindo e a renda dos trabalhadores tem se recuperado lentamente.

O Datafolha entrevistou 2.826 pessoas em 174 municípios do País, na segunda (29) e na terça-feira (30).

A preocupação com o custo de vida ainda é grande, apesar da queda acentuada da inflação nos últimos meses, mas também está diminuindo, de acordo com a pesquisa.

Para 55% dos brasileiros, a inflação vai aumentar nos próximos meses. Outros 12% acham que ela vai diminuir e 28% apostam que ela ficará como está.

Em julho de 2016, pouco depois do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e da posse do presidente Michel Temer (MDB), 60% acreditavam que a inflação ia subir.

Mas o aumento das taxas básicas de juros fixadas pelo Banco Central e a recessão econômica fizeram a inflação cair rapidamente. No ano passado, ela ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo.

Segundo o Datafolha, também diminuiu o número de brasileiros que preveem uma piora no mercado de trabalho. Há um ano, 67% achavam que o desemprego ia aumentar. Hoje, 47% pensam assim.

Apesar da melhora nas expectativas, o levantamento mostra que as pessoas ainda parecem ver com cautela o futuro.

Apenas 23% acreditam que o desemprego vai diminuir nos próximos meses, e 26% acham que ele continuará como está. Para 38%, o poder de compra dos salários também continuará igual.

Informalidade

O ano de 2017 foi marcado pela redução do desemprego. Após dois anos de fechamento de vagas em razão da crise, o País voltou a abrir novos postos, porém, com uma característica: a informalidade.

Segundo a Pnad Contínua, pesquisa oficial de emprego do IBGE, de abrangência nacional, o País gerou 1,8 milhão de novos postos no ano passado. Esses postos, contudo, são sem carteira assinada ou para trabalhos por conta própria, vagas de menor e menor salário.

A soma dos trabalhadores sem carteira (11,1 milhões) e por conta própria (23,1 milhões) superam em quase 1 milhão o contingente com carteira assinada (33,3 milhões). Os postos com carteira reduziram em 685 mil, enquanto conta própria cresceram em 1,07 milhão e sem carteira, 598 mil.

Para o governo, que comemora a redução dos índices de desemprego, também não é bom negócio, já que tanto o trabalhador informal quanto o empregador que contrata nessa modalidade não recolhem os impostos obrigatórios. Somente em 2017, por exemplo, 1,09 milhão de ocupados deixaram de contribuir para a Previdência Social.

Segundo economistas, porém, a informalidade atual não é necessariamente ruim quando substitui o desemprego pura e simplesmente. É melhor um emprego ruim a emprego nenhum, dizem.

tags: economia

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https://www.osul.com.br/pessimismo-com-economia-atinge-menor-nivel-em-tres-anos/ Pessimismo com economia atinge menor nível em três anos 2018-02-01
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