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Colunistas Pessimismo?

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

1.Os homens e mulheres “livres” vivem em casa com a proteção de cercas elétricas e tem medo da convivência pública das ruas. Parece que se chegou a um paradoxo: desfrutar da liberdade é mais que uma ousadia. É um perigo.

2. A manchete de hoje, seguramente, é menos alarmante do que a de amanhã. Se hoje se noticia que delinqüentes mataram bebês no berço, amanhã – corre-se o risco? – de que uma nova manchete (será possível?) levante-se a suspeita de que bebês estariam matando.

3. A civilização, que é a vitória da educação sobre a barbárie, construída e reconstruída pelo e para o homem, dia após dia, causal ou causalmente, das cavernas de pedra bruta de neandertal às sala atapetadas da ONU foi inventando e sendo reinventada por estadistas, magos, ditadores, religiosos, demagogos, mártires, crentes que exercitaram o delírio, quase orgástico, incontrolável do poder ou por ele foram perseguidos.

4. De repente, como simples cidadão, a gente se apercebe que cadeia não é mais prisão. Transformou-se em Fórum de presos que se reúnem para deliberar sobre a vida e a morte dos que ainda não foram sentenciados, a partir de o processos se iniciam pela sentença final, despreocupados com a prova, um detalhe, “sem importância”, em mãos de um poder que se amplia criminosa e continuadamente.

5. Os presos travam batalhas sangrentas em que não há empates e só um sobrevive. Disputa-se espaço físico para o poder que vem da ignomínia do traficar onde não se aceita arrependimento, fazendo-nos depender de quem a distância nos deixa viver. O verdadeiro poder esta nas mãos de quem decide quem e quando alguém deverá morrer. Subverte-se a organização jurídica e política da sociedade, que é o Estado, sitiado pela força que, encurralada, o encurrala; força que deve defendê-lo, mas, caso a caso, até por interesse e pretensa legítima defesa chega a atacá-lo e a própria sociedade.

6. Há destruição constante dos valores reais, que embargaram a construção e a reconstrução dos alicerces da sociedade. Existe uma triste depreciação da ética que se vai afundando na lama e com ela conceitos, valores e condutas.

7. A divulgação dos escândalos de hoje já traz o indicio do escândalo seguinte. Ocorrem em tal quantidade que não permitem mais que se saiba quem é e quem não é, se foi ou se não foi. São tais e tantas aversões que ao se generalizar-se o delito e sua redundância clamorosa, faz do parecido diferente um igual.

8. E passa a valer em nome da corrupção o nivelar por baixo, e forçando-se por
incluir a todos, estimulando a adoção de lema amoral e imoral:
“Se todos são e fazem, porque não serei e não farei também?” Bandeira hasteada pela corrupção, chega a nos abater com a condenação a desesperança.

9. Não imaginaria o bom cidadão de qualquer nacionalidade e/ou naturalidade ter de defrontar-se, no agora, com uma sociedade soberba pelos seus prosaicos avanços materiais, que não conseguem esconder a criminosa anarquia institucional e o caos, feito de insegurança e medo deste mundo dos que são – se passam por – loucos como Donald Trump e Putin de outros menos votados.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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