Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2016
A direção da Petrobras voltou atrás e não vai mais reduzir os preços da gasolina e do diesel no curto prazo. O recuo ocorreu após forte reação dos membros do Conselho de Administração da estatal, que chegaram a classificar a queda nos preços dos combustíveis como “barbaridade”. Para minimizar o estrago, o presidente da companhia, Aldemir Bendine, passou boa parte da segunda-feira tentando contemporizar. Ele enviou e-mail a todos os conselheiros, esclarecendo “que não houve qualquer decisão tomada”. Na mensagem, Bendine confirma, pela primeira vez, que a redução dos preços foi discutida.
Além do Conselho de Administração da Petrobras, o mercado financeiro reagiu a uma possível redução nos preços. Na segunda-feira, na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações preferenciais (sem direito a voto) encerraram em queda de 9,33%, a 7,58 reais. Já as ordinárias (com voto) tiveram recuo de 8,83%, a 9,60 reais – o maior tombo desde 28 de janeiro do ano passado, quando caíram 10,48%. De acordo com Lucas Aristizabal, diretor sênior da Fitch Ratings, uma redução nos preços afeta a qualidade de crédito da companhia e reduz seu fluxo de caixa. (AG)