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Economia O governo federal arrecada quase 4 bilhões de reais com o leilão de áreas para exploração e produção de petróleo no País

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Dos quatro blocos ofertados nesta rodada, dois estão na Bacia de Campos e dois na Bacia de Santos. (Foto: Stéferson Faria/Agência Petrobras)

Com uma postura agressiva da dupla Petrobras e Exxon, a 14ª rodada de áreas para exploração e produção de petróleo no País terminou com arrecadação de R$ 3,84 bilhões, a maior entre os leilões de concessão já realizados.

Apesar do recorde, a quantidade de áreas arrematadas foi uma das menores dentre todas as rodadas: apenas 12,9% dos 287 blocos atraíram o interesse de petroleiras. Apenas na quinta rodada, em 2003, houve índice menor (11%).

Petrobras e Exxon levaram seis blocos na Bacia de Campos, em uma área com potencial de reservas no pré-sal, por R$ 3,59 bilhões, sendo responsáveis por 93% da arrecadação total do leilão.

Os valores oferecidos pelas empresas surpreenderam os concorrentes. Na disputa que resultou com o maior lance do leilão, de R$ 2,24 bilhões, Petrobras e Exxon venceram três consórcios, todos formados por gigantes mundiais.

A segunda melhor oferta, de Shell e Repsol, foi de R$ 443,9 milhões. A chinesa CNOOC ofereceu R$ 127,6 milhões e consórcio formado por Total e BP, R$ 25,2 milhões.

“Não pagaríamos o valor que pagamos se não acharíamos que vale”, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em entrevista após o leilão. “E quero lembrar que a Exxon é uma das maiores empresas do mundo”, completou.

Os seis blocos arrematados pelo consórcio ficam na chamada franja do pré-sal, área de margeia o polígono estipulado pelo governo em 2010, onde prevalece o sistema de partilha da produção, no qual o governo é sócio das operadoras.

Em apresentação feita antes do leilão, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) identificava identifica 11 estruturas subterrâneas que podem conter reservatórios do pré-sal.

A agência estima que pode haver 13 bilhões de barris de petróleo nas áreas – considerando que, em média, 30% podem ser produzidos, as reservas seriam de cerca de 4 bilhões de barris, o equivalente a 1/3 das reservas brasileiras atuais.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o governo não foi consultado sobre as ofertas da Petrobras. “Foi uma decisão empresarial dela”, afirmou.

A Exxon levou ainda duas áreas na bacia de Sergipe Alagoas e duas em Campos sem a Petrobras. Ao todo, participou de ofertas que somaram R$ 3,76 bilhões, ou 98% do valor arrecadado no leilão.

A empresa tem hoje apenas duas áreas exploratórias no País e teve experiências frustradas no pré-sal da Bacia de Santos, onde perfurou um poço seco. Das grandes companhias globais, era a com menor presença no Brasil.

“Estamos ansiosos para trabalhar com o governo brasileiro e nossos parceiros para desenvolver a exploração dos blocos ganhadores”, disse a empresa, em comunicado. Os executivos da companhia não deram entrevista durante o leilão.

O governo esperava arrecadar ao menos R$ 1 bilhão com a rodada, valor que era considerado otimista por especialistas. Antes desta quarta (27), o leilão de com maior arrecadação havia sido a 9ª rodada, em 2007, com R$ 3,77 bilhões em valores atualizados.

“A gente fica feliz vendo o retorno da Petrobras, que é grande conhecedora da Bacia de Campos, tendo como parceira uma grande empresa do setor”, disse o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix

Apesar de estimar procura por 20% a 30% das áreas, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse que a baixa disputa por algumas bacias era esperada. “Nos setores em terra, cerca de 60% dos blocos já haviam sido colocados em leilão”, argumentou.

As petroleiras vencedoras se comprometeram com investimentos de R$ 845,6 milhões.

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https://www.osul.com.br/petrobras-e-exxon-garantem-recorde-em-leilao-de-petroleo/ O governo federal arrecada quase 4 bilhões de reais com o leilão de áreas para exploração e produção de petróleo no País 2017-09-27
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