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Brasil Petrobras pagava o dobro do valor de custo, aponta Tribunal de Contas da União

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A primeira mostra dos valores absurdos que a estatal pagava a empresas causou choque entre ministros e auditores do TCU (Foto: Daniel Scelza/Folhapress)

Superfaturamentos sistêmicos que podem chegar à metade daquilo que a Petrobras, a maior empresa do País, gastava com suas bilionárias obras e aquisições. É o que apontam os primeiros indícios de investigações inéditas em andamento para analisar mais de 30 bilhões de reais em contratos da estatal nos últimos anos com as empresas envolvidas na Operação Lava-Jato.

A primeira mostra dos valores absurdos que a estatal pagava a essas empresas causou choque entre ministros e auditores do TCU (Tribunal de Contas da União). O normal era desembolsar mais que o dobro do que custava. Em alguns casos, chegou a pagar 13.834% a mais.

A análise foi feita em parte de um contrato de 3,8 bilhões de reais da estatal com um consórcio formado pelas empresas Camargo Corrêa e Cnec para a construção de uma das plantas da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Quando fazia auditorias para apontar os preços elevados da Petrobras – o que vem ocorrendo desde 2007 –, o TCU usava como parâmetro preços de referência do mercado.

Em obras muito específicas, vários itens do contrato não têm preços de referência. Com a Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro permitiu que o tribunal tivesse acesso às notas fiscais do consórcio. Para esses itens onde não há referência, o TCU comparou o que a Petrobras pagou com o valor da nota fiscal do consórcio.

É aí que as distorções são gigantescas. Uma tubulação pela qual a Petrobras pagou 24,3 mil reais foi comprada por 4,3 mil reais. Em 190 itens analisados, 185 tinham preços de nota inferiores aos do que a Petrobras pagava.

Auditores desconfiam que o cartel que atuava na empresa sabia que o tribunal não tinha como comparar os preços desses itens. Nos artigos em que era possível comparar preços, os custos reais da empresa são 6% inferiores às tabelas de preço. Nos que não se podia comparar, a média chegou a 114% a mais. A Petrobras não comentou o assunto. (Folhapress)  

 

 

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