Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2015
Trabalhadores ligados à FUP (Federação Única dos Petroleiros) decidiram entrar em greve a partir das 15h deste domingo por tempo indeterminado, após não conseguirem acordo com a Petrobras para uma série de reivindicações, informou o órgão sindical. A FUP conta com 12 sindicatos, entre eles o Sindipetro Norte Fluminense, que representa funcionários da Bacia de Campos, responsável por mais de 70% do petróleo produzido no Brasil. Segundo a federação, a Petrobras não compareceu à audiência com o MPT (Ministério Público do Trabalho), o que demonstra desinteresse na busca de solução.
Contrária ao plano de desinvestimentos na Petrobras, a FUP reivindica interrupção do processo de terceirização em curso na empresa e a retomada dos investimentos no País. Dentre as principais demandas, os petroleiros pedem novas políticas de saúde e segurança para os funcionários e a suspensão da venda de ativos, além da conclusão de obras como a do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do RJ) e a da Refinaria Abreu e Lima (PE). Em nota, a FUP ainda afirmou que “os cortes de investimentos, venda de ativos, interrupção de obras e paralisação de projetos impactam o desenvolvimento do País e a soberania nacional”.
Segundo o coordenador da FUP, José Maria Rangel, a federação espera que a paralisação seja expressiva em diversos Estados do País.
Trabalhadores ligados a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), que congrega cinco sindicatos e mais de 40 mil petroleiros, iniciaram na quinta-feira uma greve em oito Estados do País – Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Alagoas, Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá. A paralisação da FNP também protesta contra o plano de venda de ativos da estatal. (AG)