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Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2016
Apesar da queda na cotação do petróleo para os níveis mais baixos em dez anos, o conselho de administração da Petrobras defende a manutenção dos preços da gasolina e do diesel, que estão em patamares superiores ao mercado internacional.
Os aumentos de preços no ano passado e o corte nos investimentos são vistos pelos conselheiros como os dois únicos movimentos efetivos de ajuste da Petrobras em 2015. A estatal reavalia os preços a cada trimestre. No fim do ano, os conselheiros foram contra mudanças.
Conforme cálculos do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o preço da gasolina no Brasil está 14,4% superior à cotação do combustível no golfo do México, usada como referência nos mercados do Atlântico. Já o diesel é vendido no País a um valor 47,1% acima.
A diferença é resultado da queda abrupta das cotações internacionais nos últimos meses, sem que os preços internos acompanhassem. O último reajuste nos preços dos dois combustíveis foi no terceiro trimestre. Mesmo com o petróleo em queda, a Petrobras elevou a gasolina em 6% e o diesel, em 4%.
Desde então, o petróleo continuou caindo, até atingir, nesta semana, a casa dos 31 dólares por barril. Em países com maior concorrência, o preço dos combustíveis acompanha o movimento.
Nos EUA, por exemplo, a gasolina foi vendida em 2015 ao menor valor desde 2009, segundo a Agência de Informações em Energia do daquele país. No Brasil, ela subiu 20%, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). (Folhapress)