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Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2016
Em um mês instável, no qual temores quanto à economia global – especialmente a chinesa – e conversas sobre possíveis reduções na oferta foram os grandes assuntos pesando sobre a decisão dos investidores, o petróleo fechou em nova queda em janeiro, a terceira consecutiva. O barril do Brent, negociado na ICE Futures de Londres, recuou 8% durante o mês até ontem, para 35,20 dólares, enquanto o WTI, na Nymex de Nova York (EUA), caiu 12,6%, para 32,30 dólares o barril.
Mas não só a desvalorização foi intensa durante o período todo, como por alguns dias a commodity foi cotada aos menores preços em mais de uma década. Pela primeira vez desde 2003, o petróleo ficou abaixo dos 30 dólares, o que levou o combustível a apresentar o pior desempenho dentre as matérias-primas industriais.
Mas aumentou a expectativa, neste fim de mês, quanto a uma possível redução na produção, trazendo maior equilíbrio entre oferta e demanda. A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), apesar de não admitir negociações para baixar a atividade nos poços da Arábia Saudita, se mostrou aberta a conversas nesse sentido.
A oferta saudita poderia ser coordenada com a russa – ambos os países produzem 20% do petróleo vendido no mundo – para tentar aliviar a pressão sobre os preços. “No passado, esse tipo de discussão nunca gerou nada substancial”, afirmou a consultoria Capital Economics. “Não está claro também se a Rússia seria um parceiro confiável. Em 2001, por exemplo, produtoras locais recusaram um acordo desse tipo”, acrescentou em seu relatório. (Folhapress)