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Por Redação O Sul | 31 de maio de 2017
O Ministério da Saúde passa a disponibilizar, gradativamente nos próximos 180 dias, a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) contra o vírus HIV. Na prática, um grupo inicial de 7 mil pessoas em grupos estratégicos deverão receber um medicamento para tomar no dia-a-dia e prevenir a infecção. Os infectologistas Artur Timerman, Esper Kallas e Caio Rosenthal respondem as principais perguntas sobre o assunto.
1. Estou no grupo que vai receber o medicamento?
Inicialmente o governo deve priorizar 12 cidades brasileiras: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto. De acordo com o Ministério da Saúde, esses municípios foram escolhidos por terem participado de projetos piloto para o uso da pílula.
Além disso, poderão receber o remédio populações-chave, determinadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde): casais soro diferentes, gays; homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo e pessoas transgêneros (travestis e transexuais).
2. O que é o medicamento?
O remédio será distribuído para previnir a infecção pelo vírus HIV no Brasil e já é utilizado em outros países para o mesmo fim, como os Estados Unidos, e os estudos demonstram alta taxa de eficiência: 90%, de acordo com o Ministério da Saúde.
Ele combina dois medicamentos em um comprimido: o fumarato de tenofovir desoproxila (TDF, 300 mg) e a emtricitabina (FTC, 200 mg). Os dois, junto a uma terceira substância, já fazem parte do coquetel de tratamento contra a doença há muitos anos.
Um ponto lembrado tanto pelos médicos, quanto pelos órgãos de saúde, é que o remédio não previne contra outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, como a gonorreia e a sífilis. Camisinha ainda precisa ser usada para evitar essas infecções. (AG)