Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2017
De olho em uma candidatura própria em 2018 e no centro da enorme crise política que se abate sobre o primeiro presidente do partido que chegou ao Planalto, a Executiva Nacional do PMDB se reuniu nesta quarta-feira e anunciou uma reformulação geral no programa e na marca da legenda para “ganhar as ruas” e se transformar em uma “força política”. Com a estratégia de tentar retomar o prestígio das lutas pela redemocratização lideradas por figuras como Ulysses Guimarães e Teotônio Vilela, a primeira mudança será no nome do partido, que perderá o “P” e retornará ao antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
O atual presidente Romero Jucá (PMDB-RR) afirma que a intenção não é fugir do desgaste do PMDB e se esconder em outro nome. O ofício comunicando a mudança do nome do PMDB, que será oficializado em convenção nacional em 27 de setembro, já foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Estamos iniciando o processo de discussão da marca, do antigo nome. Na verdade quero aqui rebater crítica de que o PMDB estaria mudando de nome para se esconder. Não é verdade. Estamos resgatando a nossa memória histórica e retirando o último resquício da ditadura dentro do PMDB. Esse “P” foi uma determinação do regime militar para se colocar antes do Movimento. Existia MDB e Arena, MDB virou PMDB e Arena virou PDS, disse Jucá.
O presidente do PMDB anuncia que não será apenas uma mudança de nome, mas uma reformulação programática e de conceito para ganhar as ruas. “Movimento é mais forte, a gente quer realmente ganhar as ruas , com uma nova programação, bandeiras nacionais regionais. Queremos ser muito mais do que um partido, queremos ser um força política, e nós vamos ser.” (AG)