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Mundo Polícia alerta para a volta da viúva negra da internet

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As muitas faces de Melissa Ann Shepard acusada de tentativa de homicídio de uma série de companheiros. (Crédito: Reprodução)

Alex Strategos estava sozinho e procurava uma namorada quando conheceu  em um site de relacionamentos on-line. “Primeiro achei ela muito simpática”, disse Strategos, hoje com 84 anos, de sua casa na Flórida (EUA). Melissa veio de carro do Canadá e rapidamente passou a morar com Strategos, que a descrevia como uma “mulher de muita classe”. Mas rapidamente ele descobriu que ela tinha menos classe do que parecia. “Fui para o hospital”, diz. “Ela me mandou para lá.”

Criminosa envenenou parceiros. 

A relação dos dois foi uma das muitas que acabou levando Melissa, hoje com 80 anos, para a prisão. Recentemente ela foi liberada após cumprir pena por outro crime do tipo. Foram dois anos, nove meses e dez dias na prisão por adulterar o café de um novo parceiro, Fred Weeks, seu vizinho em um calmo asilo na Nova Escócia, no Canadá. De acordo com a investigação, ela bateu em sua porta e disse que estava sozinha – e ouviu que ele estava sozinho também. Os dois fizeram uma cerimônia de união civil no quarto dele e saíram em  lua de mel.  Segundo a acusação, Melissa deu a Weeks altas doses de sedativo durante a viagem, deixando-o impossibilitado de reconhecer a marcha normal e a marcha ré do carro e a dar partida no veículo quando eles estava saindo de um ferry.

No dia seguinte ele precisava de uma cadeira de rodas, não conseguia colocar seus sapatos sozinho e não sabia onde estavam as chaves do carro, segundo a denúncia. Mas apenas quando ele foi hospitalizado por cair da cama as drogas foram encontradas em seu organismo e a polícia percebeu que havia algo errado. Inicialmente, Melissa foi indiciada sob acusação de tentativa de homicídio. Mas ela foi condenada por um crime mais brando, “administração de substância nociva”.

Revolta das vítimas. 

Em entrevista à agência de notícias The Canadian Press, Weeks disse que não queria que Melissa se aproximasse dele. “Ela é uma atriz muito sutil”, diz. “Ela me deixou no escuro por muito tempo, contando várias histórias… tudo que ela me contou era mentira”, diz. Strategos acredita que ela também o drogou, adulterando seu sorvete. Ele diz que ela roubou cerca de 20 mil dólares nas poucas semanas em que ficaram juntos. Ela cumpriu cinco anos de prisão na Flórida após se declarar culpada em 2005 por sete acusações, incluindo um delito equivalente à falsidade ideológica e roubo a pessoa com mais de 65 anos. Strategos diz que sabia muito pouco sobre Melissa quando eles se conheceram e que não tinha conhecimento dos crimes que ela cometera antes, inclusive sua condenação, em 1992, pelo assassinato de seu segundo marido, Gordon Stewart.

Série de crimes. 

A jornalista Barb McKenna se encontrou a mulher pouco depois de ela sair da prisão por este crime, em 1994. Melissa havia cumprido dois dos seis anos da pena por homicídio culposo por drogar Stewart e atropelá-lo duas vezes com o carro. Ela alegava que Stewart estava tentando estuprá-la quando isto aconteceu. Barb  se encontrou com Melissa quando a ex-presidiária estava dando palestras no Canadá sobre a síndrome da mulher espancada, uma linha de defesa que pode ser usada por mulheres que atacaram seus parceiros. Ela também apareceu em um documentário de 1994, ” When Women Kill”, e ganhou um bolsa do governo para ajudar outras mulheres na mesma situação dela.

Criminosa interpretava que era uma vítima da violência. 

Mas, ao investigar o passado de Melissa, a jornalista descobriu que ela tinha 30 condenações separadas por fraude entre 1977 e 1991.
“Ela é muito esperta. Se você a confronta ela vem com uma resposta imediata, mesmo sendo uma mentira óbvia.” Em 2001, Melissa se casou com seu terceiro marido, Robert Friedrich, dias após conhecê-lo por meio de um site de namoro cristão. Friedrich morreu 14 meses depois, aos 84 anos, deixando milhares de dólares em bens para sua nova mulher. Seus filhos fizeram uma queixa criminal alegando que ela o havia matado, dando a ele uma overdose dos remédios que ele tomava normalmente, de acordo com registros. Eles ganharam 15 mil dólares, mas ela nunca foi acusada de nenhum crime.

Quando Barb soube do caso Fred Weeks em 2013 ela diz que ficou “horrorizada” com a sentença, que considerou pequena. “A primeira coisa que pensei foi: o que está errado com o sistema?”, afirma. “Acho que as pessoas não esperam que senhoras sejam assassinas a sangue frio. Ela se apresenta como uma figura triste e trágica – quase alguém que dá pena”, observa.

Sob observação das autoridades. 

Após a denúncia, promotores colocaram condições rígidas para sua soltura, insistindo que ela avisasse sobre qualquer relacionamento com um homem para que a polícia pudesse informá-lo de “seu histórico nesses e outros procedimentos legais”. Eles também impediram Melissa de entrar na internet e até de ter qualquer aparelho que dê acesso à rede. Ela também deve deixar as autoridades fotografá-la se mudar sua aparência.

A polícia de Halifax (Canadá) divulgou um comunicado para a imprensa avisando aos cidadãos que “uma criminosa perigosa está morando em nossa comunidade” e alertando que “é elevada a possibilidade dela cometer um crime novamente”. Strategos concorda coma avaliação. “Não acho que ela deveria ter sido solta”, opinou. “Não sei o que esse juiz tem na cabeça. Ela é uma viúva negra. É melhor os homens tomarem cuidado”, completou a vítima. (AG)

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https://www.osul.com.br/policia-alerta-para-a-volta-da-viuva-negra-da-internet/ Polícia alerta para a volta da viúva negra da internet 2016-03-22
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