Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2015
Um vídeo da Polícia Federal da Argentina, divulgado neste fim de semana, mostrou o trabalho dos peritos no apartamento do promotor Alberto Nisman, encontrado morto com um tiro na cabeça no apartamento dele, em janeiro deste ano.
Especialistas apontaram erros na ação de investigadores na presença de pessoas não envolvidas no trabalho. Um especialista em Ciências Forenses, disse que “ter 40 pessoas no local torna impossível que qualquer pista aproveitável tenha sido encontrada.” A promotora encarregada da investigação sustentou que o procedimento foi normal.
O que aconteceu?
Os peritos complicam muito a investigação com suas próprias ações. Ao recolher restos de DNA, pode-se ver que o carregador está limpo enquanto a arma está toda cheia de sangue. Isso impediu a descoberta de vestígios de qualquer outro DNA que não o de Nisman. Não foi encontrado sequer o DNA de Diego Lagomarsino, o proprietário da arma, que reconheceu que ele mesmo ensinou Nisman a usá-la, pelo que suas digitais deveriam estar na arma. Tudo estava cheio de sangue e isso impossibilitou a análise.
O vídeo, entretanto, mostra que as coisas não estavam assim quando a polícia chegou. O carregador estava limpo. Mas um perito sujou o carregador porque tinha as luvas manchadas com o sangue que estava na pistola. Com essas mesmas luvas também tocou nas balas e as colocou no bidê alterando ainda mais a cena da morte. A ex-mulher de Nisman insiste que foi um assassinato, mas a investigação oficial pende para a hipótese de suicídio, ainda que restem muitas incógnitas a resolver. (Agências internacionais e El País)