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Brasil A polícia cumpriu os primeiros mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco

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Vereadora foi morta a tiros no Rio de Janeiro. (Foto: Mário Vasconcellos/CMRJ)

Agentes da Divisão de Homicídios da Polícia Civil foram às ruas nesta quinta-feira (13) para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados às mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A operação é para prender milicianos – alguns suspeitos de envolvimento no atentado, que ocorreu no dia 14 de março.

Os policiais foram em 15 endereços, inclusive fora do Estado do Rio, como em Juiz de Fora, em Minas Gerais. No RJ, equipes foram na Zona Oeste do Rio; em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; em Petrópolis, na Região Serrana; e em Angra dos Reis, na Costa Verde – onde uma equipe foi encurralada por criminosos.

Os mandados fazem parte de um inquérito à parte, mas, de acordo com o delegado Giniton Lages, que está à frente das investigações, todos têm ligação com os assassinatos. As mortes completam nove meses nesta sexta-feira (14).

Angra dos Reis

Segundo informações do delegado Bruno Gilaberte, titular da 166ª DP, a ação aconteceu no Morro da Constância, no Frade. “Os agentes ficaram sob forte ameaça [dos bandidos], em local de vulnerabilidade e intensa situação de risco”, informou o delegado.

O grupo foi resgatado após ação das polícias Civil e Militar. Um dos agentes foi atingido por estilhaços e teve ferimentos leves.

 

Investigação

A arma utilizada no crime foi uma submetralhadora MP5 9 mm; tiros foram disparados a uma distância de 2 metros. A munição pertencia a um lote vendido para a Polícia Federal de Brasília em 2006. A polícia recuperou 9 cápsulas no local do crime.

O ministro da Segurança, Raul Jungmann diz que as balas foram roubadas na sede dos Correios na Paraíba, “anos atrás”. O Ministério da Segurança afirmou que a agência dos Correios na Paraíba foi arrombada e assaltada em julho de 2017 e que no local foram encontradas cápsulas do mesmo lote de munição.

O lote é o mesmo de parte das balas utilizadas na maior chacina do Estado de São Paulo, em 2015, e também nos assassinatos de 5 pessoas em guerras de facções de traficantes em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

A polícia acredita que assassinos observaram Marielle antes do crime porque sabiam exatamente a posição dela dentro do carro. A vereadora estava sentada no banco traseiro – algo que não costumava fazer – e o veículo tem vidros escurecidos. Cinco das 11 câmeras de trânsito da Prefeitura do Rio que estavam no trajeto de Marielle estavam desligadas.

A investigação ganhou um reforço de 5 promotores, a pedido do responsável pelo caso.
Vereador e ex-PM miliciano são citados por testemunha. Dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no caso.

Delação

Quase dois meses após o crime, uma publicação do jornal O Globo deu indícios do que pode ter sido a articulação para matar Marielle. A reportagem mostrou que uma testemunha deu à polícia novas informações que implicaram no crime o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-PM e miliciano Orlando Curicica.

A testemunha – que integrava uma milícia na Zona Oeste do Rio e foi aliado de Orlando – contou à polícia ter testemunhado uma conversa entre Siciliano e o miliciano na qual os dois arquitetaram a morte da vereadora. A motivação para o crime, segundo a testemunha, seria a disputa por áreas de interesse na região de domínio de Orlando.

“Ela peitava o miliciano e o vereador. Os dois [o miliciano e Marielle] chegaram a travar uma briga por meio de associações de moradores da Cidade de Deus e da Vila Sapê. Ela tinha bastante personalidade. “Peitava mesmo”, revelou a testemunha, de acordo com o jornal.

Tanto Siciliano quanto Orlando negam que tenham planejado a morte da vereadora. No mês seguinte à publicação de O Globo, o miliciano foi, a pedido da Segurança Pública do RJ, transferido para uma unidade prisional de segurança máxima.

 

 

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