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Brasil A polícia encontra dólares de um ex-corregedor em um armário falso

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(Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Na última sexta-feira policiais civis encontraram notas de dólar e euro escondidas atrás de um armário falso na casa da ex-mulher de Marcos Vinícius Vannucchi, ex-corregedor da Secretaria da Fazenda de São Paulo, preso na quinta-feira anterior, em Itatiba, no interior do Estado. Segundo os policiais que fizeram a apreensão, havia mais de US$ 180 mil guardados, o equivalente a R$ 690 mil. Afastado do cargo na semana passada, Vannuchi é suspeito de cobrar propina para não investigar servidores acusados de corrupção. As informações são do jornal O Globo.

A operação do Ministério Público foi realizada em conjunto com a Polícia Civil e cumpriu nove mandados de busca e apreensão na capital e no interior paulista. O armário falso ficava em um porão. No espaço, foram encontrados documentos importantes para a investigação.

O Ministério Público defende que há inconsistências no enriquecimento de Vannuchhi. Ele teria ao menos 30 imóveis registrados em seu nome.

Bens para ex-mulher

Chamou a atenção dos promotores o fato de o ex-corregedor da Secretaria da Fazenda ter passado todos os seus bens para o nome da ex-mulher, quando se separou. Para a Promotoria, a separação foi uma fraude. O servidor foi preso, inclusive, na casa da ex-mulher, em Itatiba, no interior do Estado. Além do mandado de prisão, policiais cumpriram nesta quinta-feira nove ordens judiciais de busca e apreensão.

Vannucchi começou a ser investigado há dois anos, quando foi acusado de atrapalhar as investigações de um esquema de corrupção que ficou conhecido como “Máfia do ICMS”. Segundo denúncia aceita em agosto de 2017, por meio da fraude, 12 agentes fiscais cobravam propina de empresas para reduzir a cobrança da tarifa estadual.

Depois de descobrir o esquema, promotores apuraram se o corregedor tinha acobertado algum servidor ou punido quem colaborava com a Justiça. Na época, a Secretaria da Fazenda havia negado atos de “obstrução ou conluio” praticados pelo funcionário. Vannucchi estava no cargo de corregedor-geral da Fazenda desde agosto de 2016.

A Secretaria da Fazenda informou que está colaborando com as investigações e que também vai fazer uma apuração interna para combater qualquer tipo de conduta ilícita. A defesa de Vannucchi não foi localizada.

“Máfia do ICMS”

A chamada “Máfia do ICMS” em São Paulo, é um esquema de cobrança de propina por funcionários da Receita estadual em troca de abatimento ilegal do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços. A investigação contra os suspeitos começou em 2015, depois que o doleiro Alberto Youssef, réu na Operação Lava-Jato, contou aos promotores paulistas como ajudou o consultor Júlio Camargo a livrar uma empresa fabricante de cabos elétricos e de telecomunicações do pagamento de ICMS por meio do pagamento de propina a funcionários públicos.

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