Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de maio de 2017
A Polícia Federal encontrou documentos e relatórios que “aparentam ser tabelas de propina” durante a operação que deteve os ex-governadores José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli e mais sete pessoas. Na sexta-feira, a decisão do Tribunal Regional Federal de prorrogar o pedido de prisão temporária usou como argumento a necessidade de continuação das investigações e a documentação encontrada nas buscas e apreensões da Polícia Federal. O grupo deve permanecer na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília até a próxima sexta-feira.
Segundo o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, além das supostas ‘tabelas de propina’,também foram encontradas agendas com marcação de encontro entre os investigados o que pode demonstrar o vínculo entre eles e, cheques de altos valores, dinheiro em espécie e celulares e outras mídias que contêm informações associadas ao caso. Para a Polícia Federal, a liberação dos detidos poderia prejudicar a “delimitação da autoria e materialidade da organização criminosa apontada”. Na decisão, Oliveira argumentou que as investigações não seriam limitadas ao cumprimento de buscas e apreensões, mas que nos próximos dias poderiam haver novos indícios de outros envolvidos. As defesas dos ex-governadores negam acusações sobre os documentos.