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Brasil A Polícia Federal aprofundará a investigação sobre o presidente do BNDES em esquema que tomou de assalto o Fundo de Aposentadoria dos funcionários dos Correios

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Paulo Rabello de Castro teve o sigilo bancário quebrado. (Foto: EBC)

A PF (Polícia Federal) decidiu aprofundar a investigação para apurar suspeitas de participação do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, em um esquema de desvios de recurso no Postalis, o fundo de pensão dos Correios.

Antes de assumir o comando do BNDES, Castro fundou a SR Rating, uma empresa de avaliação de riscos, alvo de buscas na última semana, quando foi deflagrada a Operação Pausare, que investiga desvios e má gestão no fundo. Além das buscas na empresa, a PF também ouviu o presidente do banco público na semana passada.

O presidente do BNDES também teve o sigilo bancário de janeiro de 2010 a agosto de 2017 quebrado, com autorização judicial. De acordo com relatório da PF e do Ministério Público, a empresa fazia avaliações “superficiais” sobre investimentos que o Postalis estava interessado em fazer, utilizando informações sem embasamento técnico.

O envolvimento da empresa e do presidente do BNDES é investigado em um inquérito, aberto em decorrência da Operação Pausare. Ao todo, a PF abriu três inquéritos após a operação, cada um apura um investimento suspeito feito pelo fundo de pensão dos Correios. Um deles teria contado com avaliações da SR Rating.

Somadas, as três aplicações com suspeitas de irregularidades feitas pelo Postalis ultrapassam R$ 523 milhões. “O total fracasso dos investimentos é o principal indicativo da ocorrência de fraude na avaliação dos papeis, motivo pelo qual deve ser aprofundada a apuração do envolvimento de Paulo Rabello de Castro (Chairman) […] no esquema criminoso que tomou de assalto os cofres do Postalis”, diz o relatório conjunto da PF e do MPF (Ministério Público Federal).

Em nota, a SR Rating disse reafirmar “categoricamente que não causou prejuízos ao Fundo de Pensão Postalis. Nos próximos dias, a agência vai entregar um farto material às autoridades que investigam o caso com todas as informações necessárias para provar a lisura do trabalho da SR Rating em todo esse processo e contribuir para a apuração dos fatos”.

A reportagem procurou a Postalis mas ainda não havia obtido resposta até a última atualização desta matéria. A reportagem também buscava contato com Paulo Rabello de Castro.

Auditoria

O TCU (Tribunal de Contas da União) identificou prejuízo de mais de R$ 1 bilhão no Instituto de Previdência Complementar Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Os ministros determinaram a indisponibilidade de bens por um ano dos ex-diretores e ex-membros do Comitê de Investimentos do Postalis.

Os desvios identificados pela equipe de auditoria do TCU decorrem de operações financeiras envolvendo diversos fundos de investimentos. O maior prejuízo foi verificado em operações com o Fundo de Investimentos em Cotas Serengeti, que resultaram em perdas de mais de 400 milhões de reais. Segundo o relator do processo, ministro Vital do Rêgo, as operações contrariaram “de maneira fraudulenta a política de investimentos do fundo” e os prejuízos foram causados por “elevados riscos assumidos de forma consciente, deliberada e fraudulenta pelos gestores do Postalis”.

A auditoria também identificou que a compra de debêntures da Galileo Administração de Recursos Educacionais causou prejuízo de R$36,8 milhões. O Postalis comprou, em 2011, R$ 81 milhões em debêntures, tendo como garantia as mensalidades do curso de medicina da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, administrada pelo grupo. Porém, a Galileo teve falência decretada em maio de 2016. Segundo o TCU, a aquisição dessas debêntures foi consequência da decisão negligente dos gestores do Postalis, sem os devidos cuidados.

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