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Brasil A Polícia Federal criou um formulário para atender as 25 mil vítimas da quadrilha do golpe da “mina de ouro”

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Vítimas devem baixar termo de declarações, preenchê-lo, reconhecer firma e entregar ou encaminhar para a Polícia Federal em Campo Grande. (Foto: Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) em Mato Grosso do Sul criou um formulário padrão para atender as cerca de 25 mil vítimas em todo o País do grupo suspeito de aplicar golpes que prometiam retornos milionários, acima de 1.000%, em investimentos que nunca existiram. A quadrilha foi desarticulada na operação Ouro de Ofir, deflagrada na última terça-feira (21), no Estado, em Goiás e no Distrito Federal.

Segundo a PF, no site da corporação na internet está disponível um “termo de declarações”, onde as vítimas do grupo podem apresentar suas denúncias. “O objetivo da iniciativa é que as pessoas tenham facilidade em denunciar, expondo a situação de cada investidor para enriquecer a colheita de indícios contra a organização criminosa”, aponta a unidade em comunicado oficial.

Conforme a instituição, as vítimas devem baixar o formulário, por meio do link na página, imprimi-lo, preenchê-lo e depois assiná-lo, reconhecendo a firma em cartório. Se residirem em Campo Grande, devem entregar o termo na Superintendência Regional Polícia Federal na cidade, caso contrário devem remetê-lo pelos Correios ao órgão, no endereço: rua Fernando Luiz Fernandes, nº 322, Vila Sobrinho, Campo Grande, MS, CEP; 79110-503, aos cuidados do delegado que coordenou a operação, Guilherme Farias.

A PF orienta que as perguntas do formulário não devem ser apagadas no momento do preenchimento e que as respostas devem ser sempre apresentadas de forma objetiva e direta. A unidade orienta ainda as vítimas, que mesmo fazendo o termo de declaração que elas devem procurar a delegacia de Polícia Civil de sua cidade para registrarem um boletim de ocorrência contra o golpe.

Na terça-feira, o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Cléo Mazzotti, já antecipava que a operação da unidade era voltada para a questão dos crimes cometidos contra a União, como contra o sistema financeiro nacional e o de falsificação de documentos públicos, e que para buscar o ressarcimento dos valores investidos, as vítimas deveriam procurar a Justiça.

Os golpes

Mazzotti revelou ainda na terça, que um dos golpes aplicados pelo grupo consistia em prometer a investidores um retorno milionário com a repatriação de uma corretagem da venda de ouro de uma fictícia mina de ouro na Bahia.

“Na história que eles contavam, essa mina teria sido explorada na época do Império. O ouro teria sido vendido para a Europa e nos Estados Unidos. Uma família de Campo Grande, que seria a dona da mina, teria após mais de 60 anos de tramitação de um processo em uma suposta corte internacional, ganhado a ação, que em valores corrigidos, seria, conforma a quadrilha de US$ 2,7 trilhões. Um valor fora da realidade. Desse valor, a família ficaria com 60% e 40%, conforme determinado pela suposta corte teria de ser doado. Os golpistas prometiam as vítimas um retorno milionário, desde que elas ajudassem a pagar os custos para trazer esse dinheiro. O investimento mínimo era de R$ 1 mil e o retorno prometido seria de pelo menos R$ 1 milhão. Assim teve gente que investiu R$ 1 mil, teve que gente que investiu R$ 5 mil, outros R$ 30 mil”, explica o delegado.

Outro golpe, de acordo com delegado, prometia quantias também milionárias com a liberação de uma antiga LTN (Letra do Tesouro Nacional), mas também mediante pagamento prévio.

O delegado acredita que há pelo menos dez anos os suspeitos vinham aplicando esse tipo de golpe, mas que nos últimos dois a metodologia foi aprimorada. Ele explica que o grupo tinha quatro divisões: os líderes, chamados de paymasters; os escriturários, que ficavam encarregados de recrutares os corretores, e estes, que por sua vez procuravam as vítimas, em redes sociais, grupos de WhatsApp e até em em igrejas. “São centenas de corretores em todo o País. Nos acreditamos que alguns sabiam que era um golpe, outros não. Isso vamos verificar em uma outra fase da investigação”.

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