Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2019
A PF (Polícia Federal) e o MPF (Ministério Público Federal) cumpriram, na manhã desta terça-feira (29), 11 mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo em uma investigação da Lava-Jato contra Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da empresa estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) e operador financeiro ligado ao PSDB.
Foram alvos da operação familiares, pessoas ligadas ao ex-diretor e prestadores de serviço. As investigações apontaram “possível participação na gestão de pessoas jurídicas usadas para a prática de atos de lavagem, bem como em ocultação de documentos”.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Taubaté, Ubatuba, Taboão da Serra e Itapetininga e estão relacionadas à investigação da possível prática de crimes de lavagem de dinheiro por Paulo Vieira de Souza, com a participação de familiares e prestadores de serviço. A ação foi batizada de Pasalimani.
“A operação deflagrada na presente data decorre do aprofundamento das investigações quanto a atos de lavagem dos recursos ilícitos obtidos a partir dos delitos antecedentes já imputados a Paulo Vieira de Souza, em especial peculato e corrupção. O foco das investigações na presente fase são atos de lavagem cometidos dentro do território nacional, com o auxílio de terceiros ligados a ele e por intermédio sobretudo do uso de pessoas jurídicas”, disse um comunicado da PF.
Paulo Vieira de Souza já foi condenado pela Justiça Federal em São Paulo a mais de 145 anos de prisão por ter comandado esquema de desvio de verbas públicas, bem como a mais de 27 anos de prisão por ter atuado na formação de cartel constituído por construtoras para obras da Dersa no Rodoanel Sul e no Sistema Viário. Responde também a processo, na Justiça Federal de São Paulo, por crimes de corrupção e lavagem internacional.