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Educação A Polícia Federal cumpriu 62 mandados para investigar a suspeita de fraude no Enem, disse delegado

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A nova fase foi batizada de Operação Sothis. (Foto: Banco de Dados)

A PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Passe Fácil para investigar fraudes no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O delegado da PF, Franco Perazzoni, informou que foram cumpridos 62 mandados judiciais, sendo 31 de busca e apreensão e 31 de condução coercitiva, todos os alvos eram candidatos.

Segundo o delegado, os mandados são relacionados a pessoas suspeitas de fraudarem em edições anteriores do Enem e que também compareceram para fazer a prova neste ano. “Identificamos pessoas sob suspeita de terem fraudado e estão próximas de serem indiciadas. Então, sabendo que estariam fazendo a prova nesse ano, agimos no sentido de garantir que elas sejam punidas e evitar novas fraudes”, explicou.

A operação foi realizada em 13 Estados: Pernambuco, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Hoje [Domingo] é uma operação em que a gente apreende materiais eletrônicos, faz oitivas e, a partir daí, as investigações têm continuidade. Em princípio, incluem tanto pilotos [que realizam as provas e passam os gabaritos] quanto beneficiários”, informou o delegado.

Constrangimento

Um candidato com deficiência auditiva, de 18 anos, relata que passou por constrangimento durante o segundo dia de prova do Enem, no domingo, em um colégio de Monte Aprazível, no interior de São Paulo.

Em nota, o Inep informou que a coordenação do local onde Guilherme realizou a prova foi consultada e que nenhuma anormalidade durante a aplicação da prova foi registrada. Afirmou, ainda, que o laudo médico do jovem foi reprovado pelo consórcio por não apresentar diagnóstico condizente com a solicitação do participante e, por isso, ele ficou em uma sala de aula comum.

No mesmo ano em que o tema da redação foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, Guilherme de Oliveira Maset, que tem deficiência auditiva desde os seis anos de idade, teve de provar para os fiscais, após a prova, que realmente tem problema de audição.

Segundo Guilherme, uma candidata viu seu aparelho auditivo e denunciou o suposto uso de ponto eletrônico ao fiscal da sala de aula, quando o jovem pediu para ir ao banheiro. Ele conta que quando voltava para a sala diversos fiscais passaram a observá-lo.

Ao entregar o caderno de questões, o fiscal da sala de aula pediu para ele ir à coordenação porque havia ocorrido um problema na documentação dele.

“Quando cheguei na sala do coordenador, o fiscal contou que denunciaram o uso de ponto. Então ele pediu para examinar meu aparelho. Mostrei toda a documentação e eles aceitaram meu lado, mas me deixaram em uma sala normal. Fui embora sem fazer a prova direito. Nos anos anteriores que prestei a prova, fiquei em uma sala separada”, diz.

Guilherme conta que achou desnecessária a atitude dos fiscais na sala de aula. “O primeiro fiscal deveria ter vindo falar comigo, não ter feito aquela cena toda e me mandar para a coordenação”, afirma o jovem.

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