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Brasil Polícia Federal encontra nove malas prontas no apartamento do operador financeiro do esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador do RJ Sérgio Cabral

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Cabral está preso desde novembro do ano passado (Foto: Reprodução)

Nove malas junto à porta de saída do apartamento do bloco 1 do Condomínio Atlântico Sul, na Barra da Tijuca, no Rio. Foi o que encontraram os policiais federais, às 6h de quinta-feira (02), no local onde esperavam prender Ary Ferreira da Costa Filho, apontado como operador financeiro do esquema de propinas que seria chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Um suposto plano de fuga de Ary Costa Filho será investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela PF (Polícia Federal). Ele foi preso por policiais federais e rodoviários na rodovia Presidente Dutra, no início da tarde. Com o suspeito, foram achados R$ 3 mil e cópia do visto americano. Ele vestia uma camisa branca, um short e estava de chinelos, como mostra o vídeo do momento da prisão.

“A gente não pode afirmar que ele estava fugindo, mas ao localizá-lo com apoio da Polícia Rodoviária Federal, na Via Dutra, foram encontrados dinheiro e cópia de visto americano. Alguns dados que podem nos levar a pensar que isto [uma fuga] talvez pudesse estar sendo orquestrada”, explicou o delegado federal Antônio Carlos Beaubrand.

Momentos antes da prisão na estrada, o advogado Marco Aurélio Assef disse a jornalistas e à PF que seu cliente estava voltando de uma viagem e que iria se entregar.

Ligação com Cabral

Na investigação da Operação Mascate, desdobramento da Lava-Jato, os policiais querem esclarecer o esquema de lavagem de dinheiro que seria coordenado por Ary Filho, além de suas explicações sobre a proximidade com o ex-governador Sérgio Cabral.

Arizinho, como é conhecido, trabalhou com Cabral na Assembleia Legislativa e depois foi para Brasília, em 2004. Na ocasião, Cabral era senador. Em 2006, aparece como doador de R$ 10 mil ao então candidato a governador Sérgio Cabral, que venceria a eleição no RJ.

Já em 2012, o então governador Cabral fez campanha para a candidata a vereadora pelo PSB em São João de Meriti Michelle Linhares, à época namorada – e hoje mulher – de Ary. O ex-governador chegou a gravar um vídeo e ter seu nome em folhetos e adesivos da candidata na Baixada Fluminense.

Dos R$ 226 mil em doações que Michele recebeu para sua campanha, R$ 147,2 mil vieram de quatro concessionárias de veículos (Space, Eurobarra, Euroamérica e Américas), todas identificadas como parte do esquema de lavagem de dinheiro do grupo ligado a Cabral.

Michelle teve 1.969 votos e não se elegeu. Ela mora em outro apartamento, no mesmo condomínio, próximo a Arizinho, e também não foi encontrada pelos policiais federais. Michelle Linhares, contudo, não é alvo das investigações: seu apartamento era apenas alvo das buscas determinadas pelo juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Ary Filho sempre foi visto circulando em carros importados ou fazendo passeios de lancha em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense. Os dados foram levantados pelos investigadores e fizeram o juiz Marcelo Brêtas determinar em sua decisão que fossem apreendidas lanchas, caso alguma fosse encontrada nas buscas.

A PF não tem informações se há alguma embarcação ou aeronaves entre os bens de Arizinho. Um Camaro amarelo, de propriedade de Ary Filho, foi apreendido pelos policiais federais no condomínio onde ele mora, na Barra da Tijuca. (AG) 

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