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Brasil A Polícia Federal constatou que 90% dos financiamentos agrícolas eram fraudados

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PF constatou que 90% dos contratos eram fraudados. (Foto: EBC)

Laudo pericial da PF (Polícia Federal) revela que, de cada 10 contratos de financiamentos agrícolas operados pelo BB (Banco do Brasil) na região de Ribeirão Preto (SP), 9 foram marcados por fraudes, entre 2012 e 2015. Os prejuízos, segundo investigação interna do próprio banco, alcançam R$ 44 milhões.

Os dados foram revelados na Operação Turbocred, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (31). Os policiais cumprem 39 mandados de buscas em São Paulo, Minas, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás. A PF faz batidas em residências de tomadores de empréstimos fraudulentos, funcionários e ex-funcionários do BB, e de “laranjas”.

O delegado Victor Hugo, que comanda a missão da PF, destacou que os peritos criminais federais analisam contratos de financiamentos que somam R$ 59 milhões. A perícia foi realizada com base em documentos – contratos de financiamentos agrícolas – recolhidos na primeira fase da Turbocred, em 2016. Victor Hugo ressaltou que os fraudadores agiam em duas frentes, pelo menos.

Um primeiro grupo fazia contrato falso de arrendamento de terras, mas de fato não detinha posse nem domínio da área. Ainda assim obtinha sinal verde para o financiamento. “A atividade agrícola nunca existia, eles embolsavam o dinheiro”, afirma o delegado.

Um segundo núcleo de golpistas atuava de outra forma. Esses investigados até tinham a propriedade das terras, mas os imóveis eram arrendados para terceiros que tomavam empréstimos – da mesma forma, porém, não desenvolviam nenhuma atividade agrícola.

A PF constatou que 90% dos contratos eram fraudados.

Simultaneamente às investigações da PF, o Banco do Brasil fez uma apuração interna e verificou prejuízos de R$ 44 milhões em decorrência desses contratos.

Operação

A segunda fase da Turbocred decorre da análise da documentação apreendida em agências do Banco do Brasil durante a deflagração da primeira fase em 17 de maio de 2016. Foram analisadas 149 operações de financiamentos agrícolas e outras 13 de outras modalidades de financiamentos.

O inquérito policial identificou diversos tipos de fraude, como a obtenção de financiamentos para custear atividade agrícola em imóvel próprio, mas usado em imóvel arrendado a terceiros; falsificação de carta de arrendamento para a tomada de empréstimos para custear atividade agrícola fictícia e a tomada de sucessivos financiamentos para diversos empreendimentos agrícolas, sem capacidade financeira. As investigações apontam o pagamento de propina a funcionários do Banco do Brasil para a obtenção de financiamentos por meio de contas-correntes em nome de “laranjas”.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, por crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira, aplicação de recursos de financiamento em finalidade diversa, previstos na lei de crimes financeiros, além de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa, com penas de 1 a 12 anos de prisão.

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