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Brasil A Polícia Federal investiga o suposto pagamento de 82 milhões de reais em propinas ao ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner

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Dinheiro teria sido pago por empreiteiras responsáveis pela reconstrução da Arena Fonte Nova. (Foto: Arquivo Secom/Bahia)

Uma das linhas de investigação que a PF (Polícia Federal) apura na Operação Cartão Vermelho – deflagrada na manhã dessa segunda-feira em Salvador (BA)  – é o suposto pagamento de propinas ao ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT), no valor de R$ 82 milhões. Conforme os responsáveis pela força-tarefa, o dinheiro teria sido pago pelas construturas Odebrecht e OAS, responsáveis pela demolição e reconstrução da Arena Fonte Nova, um dos estádios que recebeu partidas da Copa do Mundo de 2014.

Dentre os crimes apontados no esquema estão superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. O total de desvios pode chegar a R$ 450 milhões, estima a PF. De acordo com a PF, do total dos R$ 82 milhões pagos entre 2006 e 2014, apenas R$ 3,5 milhões foram declarados como doação de campanha para o político baiano, que concorreu na última eleição ao governo do Estado.

Há ainda, a suspeita de que R$ 500 mil provenientes desse esquema foram entregues em mãos na casa da própria mãe do petista, no Rio de Janeiro. “O total investigado de pagamento é de R$ 82 milhões, em doações eleitorais não declaradas e propinas”, detalhou em coletiva de imprensa a delegada Luciana Matutino, chefe da Delegacia de Combate à Corrupção, sobre as suspeitas contra Jaques Wagner.

“Ele [Jaques Wagner] não recebia o dinheiro de forma direta, a exceção da entrega que foi feita na casa de sua mãe no Rio de Janeiro”, acrescentou a delegada. “Os doleiros de Salvador não teriam capacidade de entregar tal quantia e por isso teria sido feito um pagamento na capital fluminense.”

Mandados

Na manhã dessa segunda-feira, agentes da Polícia Federal foram às ruas para cumprir sete mandados de busca e apreensão. Um dos alvos foi o apartamento de Jaques Wagner, em um prédio no Corredor da Vitória, área nobre da capital baiana. Dentro do imóvel, foram apreendidas documentos, arquivos de computador e 15 relógios de luxo. A sede da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, cujo secretário atual é o ex-governador, também foi visitada pelos policiais.

Outros mandados tiveram como alvos casas e escritórios de Bruno Dauster, chefe da Casa Civil da Bahia, e do empresário Carlos Daltro, próximo a Wagner. A polícia investiga, ainda, se Dauster e Daltro atuaram como intermediários para o recebimento de propina ao ex-governador.

Defesa

Em nota, o PT se manifestou sobre o caso, alegando que se trata de um “episódio de perseguição contra o partido” e uma “retaliação à pré-candidatura do ex-presidente Lula”. Classificando a entrada dos agentes como “invasão”, o partido manifestou solidariedade ao ex-governador.

Confira a nota na íntegra, assinada pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR):

“A invasão da residência do ex-governador Jaques Wagner por agentes da Polícia Federal, na manhã de hoje é mais um episódio da campanha de perseguição contra o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças.A sociedade brasileira está cada vez mais consciente de que setores do sistema judicial abusam da autoridade para tentar criminalizar o PT e até os advogados que defendem nossas lideranças e denunciam a politização do Judiciário.
A escalada do arbítrio está diretamente relacionada ao crescimento da pré-candidatura do ex-presidente Lula, nas pesquisas, nas manifestações populares, nas caravanas de Lula pelo Brasil. Quanto mais Lula avança, mais tentam nos atingir com mentiras e operações midiáticas.Nossa solidariedade ao companheiro Jaques Wagner e sua família”.

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