Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2015
A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a 16ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Radioatividade. Os agentes cumpriram 30 mandados judiciais – dois de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão – em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói (RJ) e Barueri (SP). Os presos são o presidente licenciado da Eletronuclear – subsidiária da Eletrobras –, Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o executivo da Andrade Gutierrez Flávio David Barra, responsável por representar a empresa no consórcio da usina nuclear Angra 3. Eles foram detidos no Rio e serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba (PR).
Silva pediu o afastamento do cargo em abril, após virem à tona notícias de que ele teria recebido propina nas obras de Angra 3. Parte das revelações foram feitas na delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. O foco das investigações desta fase são contratos firmados por empresas envolvidas na Lava-Jato com a Eletronuclear, as obras de Angra 3 e pagamentos de propina a funcionários da estatal. Angra 3 será a terceira usina nuclear do País e está em construção em Angra dos Reis (RJ). Ela terá potência de 1.405 megawatts e gerará energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte (MG) por um ano.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra Ricardo Ourique Marques, Renato Ribeiro Abreu, Petronio Braz Junior, Othon Luiz Pinheiro da Silva, Maria Celia Barbosa da Silva, Flavio David Barra, Fabio Andreani Gandolfo, Luiza Barbosa da Silva Bolognani, Ana Cristina da Silvia Toniolo e as empresas Eletronuclear, Aratec Engenharia Consultoria e Representações.