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| Polícia Federal realiza busca em apartamento da mulher do governador de Minas Gerais e prende ex-assessor

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Carolina Rodrigues viu “com surpresa” a operação realizada em sua antiga residência. (Foto: reprodução)

Um endereço utilizado até o ano passado como residência da atual mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT-MG), foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão da Operação Acrônimo, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na sexta-feira. Outro alvo foi a casa do ex-deputado federal pelo PT de Minas Gerais Virgílio Guimarães.

A operação prendeu o empresário Benedito Rodrigues, ligado ao PT, e outras quatro pessoas. Rodrigues, conhecido como Bené, manteve 525 milhões de reais em contratos com órgãos do governo federal, de 2005 a 2014, e estava em um avião apreendido pela PF, em outubro de 2014, com 113 mil reais em espécie.

O objetivo da operação é localizar documentos que possam esclarecer se os valores que circulavam nas contas de investigados vinham de sobrepreços praticados pelo grupo em contratos com órgãos públicos federais. Outra suspeita é que serviços contratados e pagos não eram executados.

Carolina Oliveira, a mulher de Pimentel, mora em Belo Horizonte (MG) desde que ele venceu a eleição, no fim do ano passado. Antes disso, ela ocupava um apartamento da Asa Sul, em Brasília. Foi esse o imóvel objeto de um dos 90 mandados de busca e apreensão expedidos a pedido da PF pela Justiça Federal de Brasília. A corporação não informou o que foi apreendido na residência. Os mandados foram executados em Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

De acordo com uma edição da revista Época do ano passado, Carolina montou uma empresa, a Oli Comunicação, e mantinha amizade com a mulher do empresário detido. Ele atua no ramo de gráficas e organização de eventos. A Oli, segundo a revista, foi contratada pelo PT.

Foi preso na sexta-feira ainda Marcier Trombiere, ex-assessor na área de comunicação da campanha de Pimentel e ex-assessor do Ministério das Cidades. Ele também estava no avião apreendido no ano passado. Além de Trombiere e de Bené, também estão detidos na Superintendência Regional da PF, em Brasília, Pedro Augusto de Medeiros e Vitor Nicolatto. Um quinto homem foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma.
Contratos
Bené, segundo as investigações da PF, montou cerca de 30 empresas que estão relacionadas a diversos contratos com o governo federal. Duas delas receberam da União, entre 2005 e 2014, um total de 525 milhões de reais – a Gráfica Brasil, com 465 milhões de reais, e a DUE, com 60 milhões de reais.

De acordo com o delegado da PF Dennis Cali, da área de combate ao crime organizado, o faturamento das empresas de Bené registrou um salto a partir de 2005. Antes disso, conforme a PF, faturavam cerca de 400 mil reais mensais. O delegado disse que nenhum partido ou político é alvo das investigações da operação.

A defesa de Carolina disse em nota à imprensa que ela viu “com surpresa” a operação de busca e apreensão realizada em sua antiga residência. “Carolina acredita que a própria investigação vai servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”, afirmou o comunicado assinado pelo advogado Pierpaolo Bottini. De acordo com o advogado, sua cliente soube das investigações na manhã da sexta-feira.

O ex-deputado petista disse que a PF esteve “com toda educação” na casa dele. Segundo ele, a PF apreendeu dois telefones celulares e um netbook. O ex-parlamentar afirmou que a PF também foi à casa da ex-mulher no bairro Funcionários, na região centro-sul de Belo Horizonte. “Eu não sei o que levaram de lá”, disse. O político reiterou que não tem relação com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto. “Eu não tenho o menor conhecimento disso [esquema de lavagem de dinheiro]”, disse. Guimarães confirmou não ter sido comunicado de ser alvo de alguma investigação empreendida pela PF. (AG)

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