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Brasil A Polícia Federal reconheceu erros em análise sobre a troca de telefonemas entre investigados pela Operação Lava-Jato

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Aroldo Cedraz (Foto: Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) reconheceu ter errado na análise de telefonemas apresentada no relatório policial que apontou indícios de corrupção de ministros do TCU (Tribunal de Contas da União (TCU) e de senadores em processos da Corte de fiscalização relacionados à construtora UTC e à usina nuclear de Angra 3. No relatório, enviado pela PF ao STF (Supremo Tribunal Federal) no mês passado, os policiais analisaram ligações do presidente do TCU, Raimundo Carreiro, do ministro do tribunal Aroldo Cedraz e do filho dele, o advogado Tiago Cedraz.

A defesa dos ministros do TCU e do advogado apontou os equívocos, e a PF reconheceu a imprecisão na análise do número de contatos entre os três . “Ao serem concluídas as análises retificadoras, serão encaminhadas para a apreciação de vossa excelência”, diz a PF ao descrever que encaminhará o documento ao ministro Luís Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

O relatório policial diz que serão refeitas análises de cruzamentos telefônicos. Entre elas a que, no parecer original, dizia que foi possível identificar 14.321 ligações entre os terminais vinculados a Tiago Cedraz e seu escritório e terminais vinculados aos ministro Aroldo Cedraz e seu gabinete . E que isso demonstrava “proximidade e frequência nesses contatos , revelando que não poderiam se tratar apenas de comunicação de impedimento”.

Sobre essa parte, a PF diz que atribuiu um número a Tiago que, na verdade, é o telefone do apartamento funcional de Aroldo Cedraz. E que isso ocorreu porque a PF levou em conta que Tiago repassou esse número quando pediu seu passaporte, em 2012. Mas a polícia reconhece que “essa intensidade de ligações entre pai e filho pode ser alterada com a revisão do relatório, dimensionando em maior ou menor escala”.

O relatório aponta erro no total de contatos entre Tiago e o presidente do TCU, totalizados como 55 ligações, no parecer original. O documento diz que “considerando erro material na alimentação de extratos telefônicos encaminhados pelo Tribunal de Contas da União, a intensidade de contatos entre Tiago Cedraz e Raimundo Carreiro pode ser dimensionado em maior ou menor escala”. A PF completa que devem ser refeitos os cruzamentos telefônicos previamente solicitados porque “podem impactar na compreensão das relações entre o advogado Tiago Cedraz e Raimundo Carreiro e/ou seus assessores”.

Imposto de Renda

Em petição ao STF, Raimundo Carreiro enviou informações sobre a origem de R$ 568 mil apontados no relatório da PF como recursos de origem desconhecida e sobre os quais “é preciso aprofundar as investigações para chegar a uma conclusão sobre as movimentações financeiras”. O ministro do TCU comunicou à polícia que os recursos estão declarados no Imposto de Renda dele, “devidamente identificados e discriminados”.

A petição diz que “a maior parte dos valores se refere a aluguéis de imóveis comerciais e residenciais”, o que era de conhecimento da PF desde outubro de 2015, segundo o ministro. Ele declara ainda que há depósitos individuais de R$ 60 a R$ 300 feitos por 26 pessoas físicas para a compra de distribuição de cestas básicas no Natal e Ano Novo.

Segundo relatório

Um segundo relatório policial, sobre o mesmo assunto, diz que as ligações para Luciano Araujo de Oliveira não partiram dos telefones vinculados ao ministro Raimundo Carreiro, e sim aos vinculados ao ministro Aroldo Cedraz. E que a falha ocorreu por “erro humano” porque a planilha com as ligações foi anexada à investigação “antes de deixá-la em condições de tratamento necessário para a importação de seu conteúdo para a base de dados da investigação”.

A PF encerra o relatório reforçando que o parecer original foi uma análise dos atos de julgamento do processo para identificar conduta dos dois ministros do TCU e os posicionamentos contrários à unidade técnica ou que chamaram a atenção pela dinâmica de pedidos de vistas e ausência na votação e foram apontados como mais um dos elementos a corroborar a versão dos colaboradores.

O relatório reconhecendo as falhas foi feito depois que a defesa de Tiago Cedraz apontou a falha nas análises e alertou que números atribuídos ao advogado eram, na verdade, vinculados a seu pai, o ministro Aroldo Cedraz.

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