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Brasil A Polícia Federal vê atuação do ministro do Turismo em esquema com laranjas durante as últimas eleições

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Bolsonaro disse que espera a conclusão da apuração da PF para decidir o destino de Marcelo Álvaro Antônio (foto). (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Após 30 dias de investigação, a PF (Polícia Federal) vê elementos de participação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no esquema de candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais nas eleições de 2018. Investigadores apuram, inicialmente, a suspeita do crime de falsidade ideológica. Outro crime em apuração é o de lavagem de dinheiro.

Depoimentos prestados, áudios obtidos pela PF e documentos colhidos levam a investigação do caso ao ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro. O próximo passo é aprofundar as investigações para identificar qual foi a participação do ministro em eventuais crimes.

O jornal Folha de S.Paulo revelou, em fevereiro, que Álvaro Antônio, que era presidente do PSL de Minas Gerais nas últimas eleições, patrocinou um esquema de candidaturas de laranjas com uso de verba pública eleitoral. Ele nega as irregularidades.

O jornal mostrou também outros casos em Pernambuco. O escândalo levou à queda do ministro Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência – ele era presidente nacional do PSL no ano passado. O presidente Jair Bolsonaro tem dito que a situação do ministro do Turismo causa desgaste para o governo e que espera a conclusão da apuração da PF para decidir o destino de Álvaro Antônio.

Além de depoimentos de candidatas usadas como laranjas, a PF colheu e recebeu documentos que estão sendo considerados importantes para o inquérito, que não tem previsão para ser concluído.

Zuleide Oliveira, 42 anos, de Santa Rita de Caldas (MG), que envolveu o ministro diretamente no caso em entrevista à Folha em março, entregou recibos de pedágio como forma de provar que se deslocou para Belo Horizonte no dia em que disse ter tido uma reunião com Álvaro Antônio, em setembro do ano passado.

Ela reafirmou à polícia que o ministro lhe ofereceu dinheiro do fundo partidário para a sua campanha, no valor de R$ 60 mil, com a condição de que ela devolvesse R$ 45 mil. O encontro ocorreu, segundo Zuleide, no escritório do político na capital mineira, em um prédio que exige identificação na entrada, até com foto. A PF busca esses registros. Três testemunhas que estavam na sala, segundo o seu depoimento, também serão ouvidas e são consideradas peças-chave na apuração.

No celular de Zuleide, que agora está com os investigadores, foram encontrados diversos áudios com dirigentes do PSL de Minas, incluindo assessores de Álvaro Antônio.

Uma outra candidata, Neia Rodrigues, 37 anos, cujo relato ainda não era conhecido, prestou depoimento e disse ter sido usada como laranja também. Ela foi ouvida em Belo Horizonte na semana passada.

 

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