Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2016
A 15ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre já identificou quatro suspeitos de depredar a Escola Érico Veríssimo, na Vila Ipê 1, em Porto Alegre, neste final de semana. Segundo o delegado Fernando Edson, que esteve no local nesta terça-feira (19), uma das hipóteses é de que o ato seja uma reação às atividades de promoção da paz desenvolvidas na escola nos últimos dias. É que o colégio está localizado em uma região na qual duas facções disputam o tráfico de drogas.
Em março, após tiroteio entre grupos rivais, a Escola Érico Veríssimo funcionou em turno reduzido durante alguns dias. A resposta do poder público veio com o reforço no policiamento ostensivo e com atividades que uniram a comunidade escolar em torno de ações de prevenção à violência. Uma destas atividades, inclusive, ocorreu na última sexta-feira (15).
O 20º Batalhão de Polícia Militar instalou uma base móvel em frente ao prédio, situado na Rua Comendador Eduardo Secco. O equipamento permaneceu no local durante algumas semanas. “Trouxemos para a escola o Programa Aluno Cidadão, que reúne 12 ações como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e a Patrulha Escolar Comunitária. Também abrimos canais de comunicação com a comunidade escolar”, explicou o tenente-coronel Egon Kvietinski, comandante do 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
O governo do Estado estuda integrar as câmeras de vigilância das escolas com o Centro de Integrado de Comando e Controle, monitorado pela Secretaria da Segurança Pública, para agilizar atendimento de ocorrências.
Levantamento dos prejuízos
A Secretaria de Educação também vistoriou nesta terça a escola da rede pública estadual. O secretário Luís Alcoba foi ao local avaliar os danos. Os criminosos furtaram notebooks, máquinas fotográficas e computadores que registravam imagens das câmeras de segurança. Além disso, descarregaram extintores de incêndio, arrombaram salas de aula, abriram pacotes de alimentos, danificaram instrumentos musicais, modens e cabos de internet, entre outros estragos.
Técnicos da Secretária de Educação fizeram levantamento prévio das medidas que serão necessárias para recuperar a estrutura até o reinício das aulas. “A primeira providência será a limpeza do prédio. Depois, vamos recompor o material destruído, principalmente equipamentos de informática, mobiliário (que havia sido renovado no mês de abril), sistema de internet e de câmeras de segurança. Corremos contra o tempo para que a escola volte a funcionar em agosto”, disse o secretário.
O recesso, previsto para iniciar a partir de quinta-feira – quarta-feira seria o último dia de aulas –, foi antecipado nesta segunda (18).