Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2018
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação Torre Negra nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Goiás para combater a prática dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro supostamente praticados por um grupo econômico responsável por empreendimentos imobiliários que nunca foram entregues aos compradores.
Os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas do M.Grupo nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Gramado, Nova Santa Rita, Florianópolis (SC), Goiânia (GO), São Carlos (SP) e São Paulo (SP), além das residências dos alvos da ação. A operação contou com a participação de mais de 70 policiais civis gaúchos e com o apoio de agentes catarinenses, paulistas e goianos.
Segundo os delegados André Lobo Anicet e Max Otto Ritter, a atual etapa da investigação, iniciada no primeiro semestre de 2016, possui como principais investigados os diretores, sócios e avalistas do M.Grupo. É investigada a sucessão de negócios jurídicos destinados à venda de imóveis, ainda na planta, mas que tiveram as respectivas obras abandonadas ou que sequer saíram do papel, como o caso do Edifício Majestic, que nunca obteve autorização para incorporação.
A operação visou à apreensão de documentos que corroborem com as provas obtidas até o momento, de acordo com a Polícia Civil. As investigações tramitam em segredo de Justiça. O Poder Judiciário decretou a falência do M.Grupo.
Nota
O escritório Flávio Luz & Advogados Associados divulgou uma nota após a operação policial. “Os adquirentes de imóveis lesados pelo M.GRUPO/MAGAZINE recebem a notícia da operação policial Torre Negra com inegável satisfação, pois representa passo importante na efetiva responsabilização criminal dos autores dos milionários danos materiais e morais infligidos às centenas de compradores, ficando na expectativa de que, no desenrolar das investigações, também se possa elucidar o destino das centenas de milhões desviados ilicitamente das obras inconclusas, com possível apreensão e ressarcimento dos prejudicados. Reconhecem e elogiam o excepcional e dedicado trabalho da Polícia Civil gaúcha, em especial nas pessoas dos delegados Rodrigo Bozzeto e Sander Cajal (Diretores do DEIC) e dos delegados Max Otto Ritter e André Lobo Anicet, extensivo à toda a equipe, pelo pronto e solícito atendimento às vítimas e desempenho policial exemplar. As vítimas, através de seus advogados, se farão representar a todos os atos e processos judiciais como assistentes de acusação, visando assegurar e defender os direitos dos lesados e a exemplar responsabilização de todos os envolvidos no escândalo”, diz o texto.