Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2016
A busca por irregularidades na construção do mausoléu em que o corpo do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007) foi sepultado em 2010 chegou ao cemitério de Rio Gallegos. Policiais cumpriram ordem judicial para levar documentos da administração que detalhem a origem do dinheiro usado para levantar a estrutura de 11 metros de altura, 15 metros de largura e 13 metros de comprimento.
O mausoléu foi pago pelo empreiteiro Lázaro Báez, preso em abril sob acusação de lavagem de dinheiro e sonegação. Ele afirmou ter dado o monumento à família e recibos equivalentes a um gasto de 800 mil reais foram encontrados em operações policiais em seus escritórios este mês. A Justiça apura se há ilegalidade na doação, uma vez que sua construtora venceu mais de 80% das licitações de obras públicas na região durante o período de governo kirchnerista.
O juiz Sergio Torres pretende descobrir também quem paga pela manutenção do local. Há a suspeita de que dinheiro público seja usado. Esta foi a terceira operação judicial dentro dessa investigação da província governada pela irmã de Néstor, Alicia. Agentes estiveram também na prefeitura e na sede provincial. A tumba de Néstor está no centro do mausoléu e rodeada por vidro blindado. Uma escada de mármore leva visitantes a um mezanino.
(AE)