Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2015
A polícia suíça voltou nesta quarta-feira (10) à sede da Fifa, em Zurique. A informação foi confirmada à rede britânica BBC pela Procuradoria-Geral do país. A ação foi para buscar materiais de integrantes do alto escalão da entidade – entre eles, seu presidente, Joseph Blatter, e seu secretário-geral, Jérôme Valcke, segundo informações do jornalista Richard Comway. Documentos sobre as Copas de 2018 e 2022 também teriam sido apreendidos.
“Posso confirmar que a Fifa entregou dados. Como mencionado anteriormente, foram abertos procedimentos criminais contra pessoas mantidas em sigilo”, disse um porta-voz da Procuradoria-Geral, segundo a agência Reuters.
O departamento de finanças da entidade também seria um alvo da ação. A busca foi por dados eletrônicos, prioritariamente – e a Fifa teria colaborado, entregando materiais mantidos em computadores. O argumento apresentado à Fifa é de que os documentos são necessários para a investigação. “Conforme informado pelo escritório da Procuradoria-Geral da Suíça, a Fifa entregou os dados pedidos, conforme combinado”, disse a entidade em um comunicado.
Valcke não está na Suíça. Nesta quinta-feira, esteve na Rússia, onde novamente garantiu não ter envolvimento no esquema de corrupção da Fifa, que resultou na prisão de sete dirigentes do alto escalão da entidade há duas semanas – entre eles, o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Blatter, desde que estourou o escândalo, tenta manter sua rotina, trabalhando normalmente na sede da Fifa. Não há informações sobre a presença dele no local no momento da ação. O dirigente, quatro dias depois de ser reeleito, anunciou que deixará o cargo após a realização de nova votação – a ser realizada, provavelmente, em dezembro.