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Brasil Políticos fazem as contas para se manter no Congresso e evitar juízes de primeira instância, como Sérgio Moro e Marcelo Bretas

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Inquérito foi aberto a partir de depoimentos de executivos da J&F. Aécio nega as acusações. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Políticos que tiveram seus nomes envolvidos em casos de corrupção terão que enfrentar um dilema novo nas eleições de 2018. O medo de perderem o foro privilegiado passa a ser um ingrediente chave na hora de decidirem como irão encarar as urnas.

Além do cálculo eleitoral que fazem e que normalmente implica assumir o risco de não se elegerem, alguns terão de contabilizar o risco de serem presos. Só na Operação Lava-Jato e em seus desdobramentos, 63 deputados e 30 senadores têm processo no STF (Supremo Tribunal Federal). Sem foro, seus casos baixariam para instâncias inferiores da Justiça. O grande temor dos políticos em Brasília é cair nas mãos de juízes como Marcelo Bretas e Sérgio Moro, da primeira instância no Rio e em Curitiba.

A Lava-Jato e seus desdobramentos já resultaram nas prisões de quatro ex-deputados: André Vargas, Luiz Argôlo, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Após perderem seus mandatos, eles foram condenados por juízes de primeira instância.

A limitação do foro privilegiado é tema de um julgamento no STF, suspenso, e de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita na Câmara e cuja comissão especial deve ser instalada na semana que vem. Os deputados querem encampar a tese do ministro Luís Roberto Barroso, segundo a qual o foro deve se restringir a crimes cometidos durante o mandato parlamentar e em função dele. Mas alguns deputados já querem fazer uma interpretação que alcance todos os mandatos, e não apenas o atual — acabando com o foro apenas para crimes cometidos quando não haviam sido eleitos.

Diante da dificuldade de se reeleger para mais um mandato como senador, o tucano Aécio Neves (MG) já traça como plano B uma candidatura a deputado federal.

Alguns aliados sugerem que ele passe os meses de janeiro, fevereiro e março viajando pelo Estado para sentir a temperatura entre os eleitores e só então, após uma avaliação, decida se concorre à Câmara ou ao Senado. Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, e é alvo de nove inquéritos no STF.

“Ele vai ter que enfrentar as pessoas e ter a humildade de se explicar. Vai ter que dar explicações, ouvir críticas, ser vaiado, mas é a forma de recobrar um pouco da confiança que perdeu”, diz um tucano amigo.

No PT, três senadores enfrentam dilemas semelhantes. A presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), segundo aliados, já nem cogita mais disputar novamente uma vaga ao Senado. Mas ela não quer abrir mão de ter um mandato, tanto pela questão política quanto para não perder o foro. Ré na Lava-Jato, ela é acusada de receber R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras para sua campanha de senadora em 2010.

Já o ex-cara-pintada Lindbergh Faria (RJ) ainda não desistiu de ser candidato ao Senado, embora pesquisas internas mostrem que suas chances de conquistar um novo mandato de senador são baixas. Outro petista que termina o mandato de senador no fim do ano que vem é Humberto Costa (PE). Ele ainda não decidiu se tentará se reeleger senador ou disputará uma vaga na Câmara.

 

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