Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo A popularidade do jovem presidente da França despenca de 66% para 37% em 100 dias

Compartilhe esta notícia:

Macron perde mesmo em comparação com os antecessores. (Foto: Reprodução)

Eleito em maio à Presidência da França, Emmanuel Macron, de 39 anos, prometia governar como o deus romano Júpiter, todo-poderoso no Olimpo. Ele chegou ao Palácio do Eliseu com o aval de 66% dos eleitores e o apoio de líderes como a chanceler alemã, Angela Merkel, e o ex-presidente americano Barack Obama. Cem dias após tomar posse, completados na terça (22), porém, e Macron se parece mais com outra divindade: Plutão, o deus do submundo.

O apoio de 66% dos eleitores franceses caiu para 59%, em junho, 51% no mês seguinte e chegou em agosto a 37%. Os valores foram medidos pela empresa de opinião pública Harris Interactive entre 8 e 10 de agosto com 994 entrevistados. A margem de erro da pesquisa é de 2,9 pontos percentuais. Assim, a aprovação de Macron paira no mesmo nível do americano Donald Trump, de 35% na aferição mais recente do instituto Gallup.

Macron perde mesmo em comparação com os antecessores. O socialista François Hollande, que no último ano de mandato chegou a ínfimos 4%, tinha 46% aos cem dias. A impopularidade vem apesar da ampla vitória de Macron em maio, quando derrotou de uma só vez Marine Le Pen, da direita ultranacionalista, e os tradicionais Partido Socialista e Republicanos. Prometia romper o marasmo da política local.

Macron teve também o aval da população um mês depois, quando venceu as legislativas com folga —seu movimento, o centrista o República em Marcha!, ganhou 350 assentos de um total de 577. Apesar do desempenho, já se imaginava que o presidente rolaria rapidamente rumo à impopularidade. Ele propunha na campanha reformar as leis trabalhistas, flexibilizando uma instituição francesa: a jornada de trabalho de 35 horas semanais.

Sindicatos preparam protestos contra a medida em setembro. As manifestações devem agregar estudantes e aposentados, engordando as fileiras dos descontentes e apresentando um desafio real ao presidente Macron. Não lhe sobram muitas saídas para manter a popularidade em alta, porém.

O socialista Hollande tentou também reformar as leis trabalhistas e, diante da pressão das ruas, recuou —ainda assim, deixou o mandato como o presidente mais impopular da história moderna francesa.

Já estava evidente nas eleições presidenciais, em maio, que os 66% dos votos recebidos por Macron não significavam apoio incondicional. Parte dos eleitores votou nele só para impedir a radical Le Pen de chegar ao poder.

Características que pareciam positivas à época, como sua ambição, passaram também a incomodar eleitores, para quem o presidente está muito distante do povo.

Macron dá poucas entrevistas e costuma discursar em salões como o do palácio de Versalhes, que foi outrora sede da monarquia francesa.

Seu plano de dar um salário à mulher, Brigitte, a ser pago pelos contribuintes, também afetou seu apoio. Uma petição online recolheu 300 mil assinaturas desfavoráveis, e a proposta foi então abandonada.

Somou-se a isso um atrito com o Exército, com alto custo à sua popularidade. Macron discutiu com o general Pierre de Villiers sobre reduzir o orçamento das Forças Armadas. Quando Villiers protestou, Macron retrucou: “Sou seu chefe”. O general, a principal figura militar do governo, renunciou.

Para o cientista social Bruno Cautres, da Sciences Po, Macron precisa mudar a estratégia de comunicação se quiser recuperar apoio. O presidente a princípio se recusou a dar entrevistas, em contraposição à imagem do socialista Hollande, bastante aberto à imprensa. Essa tática deve ser suavizada aos poucos, prevê Cautres. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

A Venezuela está oferecendo gasolina praticamente de graça a seus cidadãos na tentativa de conter as tensões sociais. Com o valor pago por um cafezinho, um venezuelano pode levar para casa cerca de 3 mil litros do combustível
Após crítica da modelo Gisele Bündchen, o governo federal justificou o decreto que extinguiu reserva na Amazônia
https://www.osul.com.br/popularidade-do-jovem-presidente-da-franca-despenca-de-66-para-37-em-100-dias/ A popularidade do jovem presidente da França despenca de 66% para 37% em 100 dias 2017-08-25
Deixe seu comentário
Pode te interessar