Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2017
O Reino Unido decidiu nessa quinta-feira parar de compartilhar informações sobre o atentado em Manchester com os Estados Unidos após autoridades do país vazarem dados à imprensa. A decisão foi tomada pela polícia de Manchester, não pelo gabinete da primeira-ministra Theresa May. Ainda assim, May expressou irritação sobre os vazamentos – o governo teme que a divulgação precipitada de informações possa comprometer a investigação sobre o ataque terrorista.
“Deixarei claro para o presidente [Donald] Trump que a inteligência compartilhada entre nossas agências de segurança deve permanecer segura”, declarou o primeira-ministra. Ela deve encontrar o líder americano durante uma cúpula da Otan (aliança militar ocidental) nesta quinta-feira em Bruxelas.
Um homem-bomba identificado como Salman Abedi se explodiu na saída de um concerto da cantora americana Ariana Grande na segunda-feira à noite em Manchester, matando 22 pessoas e deixando dezenas de feridos. A explosão foi causada por uma bomba caseira que, ao ser detonada, lança pregos e estilhaços.
As autoridades investigam uma “rede” que teria ajudado o terrorista e buscam possíveis conexões com grupos radicais na Líbia e na Síria, como o Estado Islâmico, que reivindicou a autoria do ataque. Desde o atentado, a polícia britânica tem divulgado informações limitadas sobre a investigação com o intuito de preservá-la. Entretanto, autoridades dos Estados Unidos vazaram diversos dados à imprensa. Nos últimos dias, autoridades britânicas vinham criticando os vazamentos americanos, chegando a classificá-los de “irritantes” e “inaceitáveis” .
O jornal New York Times defendeu nesta quinta-feira a decisão de publicar, na véspera, as imagens do explosivo. “As imagens e informações apresentadas não eram agressivas nem desrespeitosas com as vítimas (…) Nossa cobertura do terrível ataque de segunda-feira foi abrangente e responsável.”