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Por Redação O Sul | 28 de maio de 2017
Uma notícia de esperança para milhares de pessoas na fila dos transplantes, principalmente para quem precisa de um rim. Uma pesquisa d universidade norte-americana do Alabama prevê que, em dois anos, os seres humanos vão receber órgãos de porcos de laboratório.
Os primeiros testes começaram com macacos, nos Estados Unidos, há 50 anos. Cientistas tentaram transplantar rins, fígado e coração de chimpanzés em humanos. Mas nunca deu certo.
O mapeamento do DNA e as novas ferramentas da engenharia genética levaram à escolha de outro candidato a doador: o porco. Tecidos do animal já são usados em próteses que substituem válvulas do coração.
“Os porcos têm mais filhotes e mais rápido. Uma gestação de cerca de 114 dias. Nós somos capazes de modificar geneticamente os porcos. Além disso eles crescem rápido”, explica Joseph Sector, cirurgião da Universidade do Alabama.
No Brasil, o doutor Joseph Tector deu uma palestra sobre o trabalho dele na Universidade do Alabama, em Birmingham. Ele comanda uma equipe que modifica os genes de porcos para que os animais possam doar órgãos.
Os cientistas usam a fertilização in vitro e manipulam o DNA do ovo fecundado antes que ele se transforme em embrião. Eles retiram a parte da cadeia genética responsável pela produção de enzimas e proteínas que causam rejeição em humanos.
A técnica ainda depende do aval das autoridades de saúde dos Estados Unidos, mas o doutor Tector calcula que os transplantes com rins de porcos podem começar daqui a dois anos. Os primeiros beneficiados serão os pacientes com mais de 65 anos e aqueles com mais dificuldades para encontrar um doador compatível.
Na fila das pessoas que aguardam um doador para conseguir fazer um transplante no Brasil, a maior lista é a dos pacientes que precisam de um novo rim. Essa espera costuma ser mais longa e mais dolorosa para as crianças.