Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Posição sobre denúncia contra o presidente Michel Temer gera conflito entre deputados e seus partidos

Compartilhe esta notícia:

Votação está marcada para 2 de agosto. Alguns partidos "fecharam questão" sobre rejeitar ou aprovar denúncia, ou seja, poderão punir parlamentares que se posicionarem de maneira diferente. (Foto: Beto Barata/PR)

A decisão de alguns partidos de impor aos deputados como eles deverão se posicionar sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer tem causado atritos entre parte dos parlamentares e o comando das legendas.

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela PGR (Procuradoria Geral da República) pelo crime de corrupção passiva. Mas o STF só poderá analisar o caso se a Câmara autorizar.

Como a votação, pelo plenário da Câmara, está marcada para o próximo dia 2 de agosto, partidos têm “fechado questão” desde as últimas semanas sobre rejeitar ou aprovar a denúncia. Ou seja, poderão punir aqueles parlamentares que se posicionarem de maneira diferente.

Enquanto partidos aliados a Temer – entre os quais PMDB, PP, PR e PSD – fecharam questão contra a denúncia, legendas da oposição também fecharam, mas a favor do prosseguimento do processo, como o PSB, que comanda o Ministério de Minas e Energia.

Como deputados insatisfeitos com essas orientações podem sofrer punições, como a expulsão da legenda, líderes partidários passaram a defender na Câmara a antecipação da chamada “janela partidária”, o que permitiria aos parlamentares a troca de sigla ainda neste ano.

Pela regra atual, os parlamentares podem trocar de partido sem a punição de parda de mandato se a mudança for feita na janela partidária. A próxima janela começa somente em março do ano que vem.

PSB

Um dos atritos que ficou em evidência nesta semana foi o do PSB. Em maio, o partido anunciou oposição a Temer e passou a defender a renúncia do presidente. O partido fechou questão a favor da denúncia.

Alguns deputados da legenda, porém, deverão votar contra o prosseguimento do processo e, segundo a líder da bancada, Tereza Cristina (MS), passaram a discutir a filiação a outras legendas.

Diante desse movimento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente Michel Temer passaram a disputar a filiação desses parlamentares ao DEM e ao PMDB, respectivamente.

As articulações geraram mal-estar entre Temer e Maia. Na tentativa de se reaproximar do presidente da Câmara, o presidente da República foi à residência oficial de Rodrigo Maia na terça à noite (18) e ofereceu um jantar ao deputado, na quarta-feira (19).

“Janela partidária”

Insatisfeito com a orientação do PSB, o deputado Danilo Forte (CE) tem participado das negociações com outras legendas. Ele defende que a antecipação da janela partidária esteja prevista na reforma política – o parecer do relator, Vicente Cândido (PT-SP), não antecipa.

Na mesma linha, o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que o partido vai defender a antecipação da janela, além da adaptação da data na reforma política. Para Efraim Filho, se a antecipação for confirmada, será possível atender aos deputados em situação delicada após a votação da denúncia. “Há um viés mais político e menos técnico nesse sentido”, observou.

Assim como Danilo Forte e Efraim, o líder do PR, José Rocha (PR), informou também defender a antecipação da janela para este ano. Enquanto isso, o líder do Pode, Alexandre Baldy (GO), também a favor da abertura da janela junto com a aprovação da reforma política, diz defender que não haja nova mudança futuramente.

Voto diferente do partido

No jargão político, um deputado é chamado de “rebelde” quando vota de maneira diferente da orientação do partido. Entre esses parlamentares está Fábio Mitidieri (PSD-SE).

Ele disse que vai votar a favor do prosseguimento da denúncia, enquanto o PSD decidiu se posicionar contra. Atualmente, o partido comanda o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações (Gilberto Kassab) e o Ministério da Fazenda (Henrique Meirelles). “Meu partido fechou questão [contra a denúncia], mas eu e outros colegas tomamos posição de acatar a denúncia e deixamos isso muito claro”, afirmou Mitidieri. (AG)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Indonésia diz que turismo não foi afetado por execução de estrangeiros
Criminosos invadem casa e executam três pessoas da mesma família em Gravataí
https://www.osul.com.br/posicao-sobre-denuncia-contra-o-presidente-michel-temer-gera-conflito-entre-deputados-e-seus-partidos/ Posição sobre denúncia contra o presidente Michel Temer gera conflito entre deputados e seus partidos 2017-07-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar