Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Algum dos atentos e diligentes institutos de pesquisa poderia formular questionário e desafiar 30 por cento dos 513 deputados federais, escolhidos por sorteio, para responder sobre detalhes da reforma da Previdência, que estão votando.
Pelo que se ouviu nas reuniões da comissão especial e nas sessões plenárias, o resultado deverá ser chocante. Teríamos a confirmação de que um instrumento chamado Chutômetro é usado de forma exagerada. Ler não está entre as preferências de muitos parlamentares.
A conta impressiona
Em 1980, havia 9,2 trabalhadores para cada aposentado, conforme dados do IBGE. Em 2017, eram cinco. Em 2040, serão 2,5 contribuindo. Em 2060, cairá para um trabalhador por aposentado. Não precisa lente de aumento para enxergar o problema à frente.
Deve furar a fila
Após a aprovação final da reforma da Previdência, prevista para setembro, a expectativa é de que entre na pauta do Congresso um conjunto de medidas que mudarão o sistema tributário. Porém, fontes revelam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer que a revisão do pacto federativo ganhe prioridade.
Querem inverter a pirâmide
Atualmente, a União fica com 60 por cento; os Estados recebem 23 e os municípios precisam atender as demandas com 17 do bolo tributário arrecadado no país.
Circula em Brasília o esboço do projeto que prevê a redistribuição: municípios passariam a ganhar 55 por cento; os estados, 25 e a União, 20. Essa fórmula liquidaria com o humilhante passeio que, de tempos em tempos, governadores e prefeitos fazem pelos ministérios em busca de alguns trocados.
Quebra-cabeça
Para que a União reduza suas participações no bolo arrecadado, várias de suas atribuições serão repassadas a estados e, sobretudo municípios. Um desafio sem precedentes.
Ritual
Existem hoje, nos Estados Unidos, mais de 150 representações diplomáticas. Embaixadores costumam apertar a mão do presidente, em Washington, no dia em que apresentam suas credenciais. Depois, os assuntos são tratados apenas com o secretário de Estado.
Entrada liberada
A proximidade Eduardo com o presidente Donald Trump iniciou-se a 19 de março, quando acompanhou o pai na visita à Casa Branca.
Para facilitar
A esperança dos que apoiam a indicação de Eduardo é que o Brasil estabeleça linha direta com Trump, facilitando negociações que costumam demorar meses.
Limite do caixa
Em um País com as finanças públicas fragilizadas, que enfrenta a careta do prejuízo, vem abaixo a ideia do Estado provedor, do qual se pode esperar proteção, socorro e assistencialismo ilimitados.
Difícil explicar
Nas aulas de Direito Constitucional, muito professores passam por aperto quando expõem o conteúdo: “A Democracia só se desenvolve por meio de partidos fortes, representativos e institucionalmente constituídos”. Alunos conhecedores do quadro nacional ficam se entreolhando e partem para cima do expositor com perguntas.
Impostos não entram em férias
Com o começo das férias escolares, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário calculou o peso dos impostos no preço final de itens fundamentais para o período: Videogame (72,1 por cento); câmera fotográfica (50,7); bicicleta (45,9); mochila (39,6); diário em hotel (30,2); ingressos de futebol, cinema e teatro (20,8).
Há 85 anos
A 15 de julho de 1934, a Assembléia Nacional Constituinte elegeu Getúlio Vargas presidente da República. Somou 175 votos contra 58 de Borges de Medeiros, que recebeu apoio da maioria dos paulistas. As feridas da Revolução de 1932 não tinham desaparecido.
Repete-se a cena
Nas votações da reforma da Previdência, a corda foi esticada até se romper no lado mais fraco, a de setores sem força de pressão em Brasília.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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