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| Prefeito de Florianópolis, que havia sido preso, nega envolvimento em esquema investigado pela Polícia Federal

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Atual prefeito da Capital foi reeleito para o segundo mandato. (Foto: Reprodução/Instagram)

O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (sem partido) foi solto na noite de terça-feira (18). Ele havia sido preso no começo da manhã pela Polícia Federal na operação Chabu. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSCTV, nesta quarta-feira (19), ele negou qualquer relação. “Injusta porque eu não sabia de nenhum dos fatos relacionados a operação”, disse.

Saída da PF

Ele saiu da superintendência da PF por volta das 20h30. Em entrevista coletiva, Loureiro afirmou que a decisão de soltá-lo partiu do delegado responsável pela operação, que entendeu não haver indícios para manter o prefeito preso.

Apesar de estar solto, o prefeito permanece afastado, por decisão da Justiça, da prefeitura. A defesa afirmou que deve solicitar nesta quarta-feira ao desembargador Leandro Paulsen, relator do caso, a revogação da medida.

“Informações que temos é de que se trata de uma operação que investiga policiais. Informações preliminares dão conta de que não há nenhum ato ou desvio de recursos públicos relacionados a prefeitura e de que a suposta relação entre o Prefeito Gean Loureiro e os envolvidos não teria nenhuma ligação com eventuais atos”, disse o chefe de gabinete Bruno Oliveira.

Operação Eclipse

A ação de terça-feira é um desdobramento da Operação Eclipse, deflagrada em agosto de 2018. Segundo a Polícia Federal, há indícios que uma organização criminosa construiu uma rede composta por políticos, empresários, e servidores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal responsáveis por órgão de inteligência e investigação. O objetivo era embaraçar investigações policiais e proteger o núcleo político em troca de vantagens financeiras e políticas.

A PF investiga o vazamento de informações a respeito de operações policiais a serem deflagradas e até o contrabando de equipamentos de contra inteligência. O processo corre em segredo de Justiça. Até as 11h30, não havia balanço dos trabalhos realizados.

Também foram presos nesta operação Fernando Caieron, delegado da Polícia Federal, e Luciano Veloso Lima, ex-secretário da Casa Civil do Estado na gestão Eduardo Moreira (MDB).

Policiais federais cumpriram pela manhã mandados de busca e apreensão dentro da prefeitura de Florianópolis, assim como em casas nos bairros Cacupé e Ingleses. Também foram apreendidos documentos em imóveis na cidade de Balneário Camboriú.

Entre os presos ainda está Marcelo Roberto Paiva Winter. Ele é agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e atua na área de crimes de alta tecnologia, auxiliando em investigações e em forense computacional. Winter ainda responde como diretor de Comunicação do Sinprf SC (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em SC).

De acordo com Rubens Cabral Faria Junior, advogado que defende Luciano Veloso Lima, o ex-secretário foi pego de surpresa pela operação. O defensor classificou a prisão como “desnecessária”.

“Trata-se de um processo extremamente sigiloso e só saberemos o teor da acusação quando tivermos acesso ao processo. Ele prestou depoimento na Polícia Federal nesta manhã e respondeu prontamente todas as 30 perguntas feitas pelo delegado que conduz o caso. No entanto, como defesa, entendemos que este pedido de prisão não se justifica e é desnecessária. Se ele fosse intimado compareceria prontamente”, afirmou o advogado.

O advogado de Marcelo Winter afirmou que ainda não obteve acesso aos autos e portanto não irá se manifestar.

TRF-4

Em nota o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) afirmou que se trata de uma investigação, ainda em inquérito (não há ação penal). A competência é do tribunal em função do foro privilegiado do prefeito Gean Loureiro.

A relatoria deste caso é do desembargador federal Leandro Paulsen, que determinou o afastamento das funções de prefeito de Florianópolis por trinta dias a contar do início da prisão temporária. O passaporte de Loureiro também foi entregue.

Em relação ao delegado Caieron, Paulsen suspendeu o exercício de sua função pública até a conclusão das investigações sobre os fatos aqui apresentados. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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