Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2019
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, esteve nesta terça-feira (16) com Bill de Blasio, que comanda a cidade de Nova York (EUA). Os dois tiveram uma reunião no gabinete do americano. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo pessoas próximas, a conversa girou em torno de temas como mudanças climáticas, migrações, educação e saúde; em especial sobre saúde mental.
Nesta seara, Nova York exportou suas experiências para outras grandes cidades, como Londres.
Covas aproveitou a oportunidade e convidou Blasio para evento do Banco Mundial em São Paulo, em setembro.
O prefeito de NY virou notícia no Brasil ao comandar uma operação de veto a homenagem da Câmara de Comércio ao presidente Jair Bolsonaro no início do ano.
Na ocasião, ele disse que Bolsonaro não era bem-vindo na cidade e acusou o presidente de ser “homofóbico com orgulho”.
Contraposição a Bolsonaro
Bruno Covas (PSDB) aproveitou passagem por Nova York na segunda-feira (15) para escalar sua contraposição a Jair Bolsonaro (PSL) e defender políticas públicas em áreas que não são a prioridade do governo federal, como imigração, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável.
Durante evento com outros prefeitos na sede da ONU, Covas se colocou como voz dissonante ao Planalto, defendeu o Acordo de Paris e disse que a agenda internacional não deve ser debatida exclusivamente por presidentes, mas também por governadores, prefeitos e pela sociedade civil.
“Enquanto o governo federal diz que mudança climática é assunto para cientista discutir, a cidade [de São Paulo] reafirma seu compromisso com o Acordo de Paris e vem aqui mostrar que no Brasil há uma voz dissonante, há vários governos locais que estão agindo dessa forma, para que a gente possa reduzir as emissões de gás de efeito estufa e a ampliação da temperatura da Terra”, afirmou Covas.
O discurso do tucano vai de encontro a declarações de Bolsonaro e sua equipe, que costumam minimizar o aquecimento global e defender, inclusive, a saída do Brasil do Acordo de Paris – pacto assinado no fim de 2015 para criar metas que garantam a redução da emissão de gases do efeito estufa.
Apesar de Bolsonaro ter revisto a decisão, Covas não poupou o presidente e disse que governos locais têm feito muito mais que a administração federal quando se trata de desenvolvimento sustentável no Brasil.
“Não é apenas o governo federal que deve participar dessas discussões, em especial aqui na ONU, outros agentes políticos podem participar e estamos fazendo muito mais para poder atingir essas metas.”