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Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2016
Em meio a tensões sociais e a uma recessão, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, articula novas políticas na tentativa de eleger, no ano que vem, membros do seu partido, o PRO, no Congresso. Ao ver que a economia não voltou a crescer no segundo semestre, como havia prometido após a posse, o mandatário elevou os gastos públicos e pediu agilidade nos projetos de investimentos para que a economia mude de trajetória a partir de outubro.
Nos sete primeiros meses de governo, os prognósticos de recessão e inflação alta não mudaram. Em julho, o FMI reviu sua projeção de queda do PIB do país de 1% para 1,5% neste ano. Já a inflação chegou a 45% na cidade de Buenos Aires nos 12 meses encerrados em junho.
A elevação das tarifas de serviços como água e gás em 500% em média impulsionaram essa alta dos preços e o mau humor da população. Na quarta (03), porém, a Justiça bloqueou o reajuste da luz, em segunda derrota para a política econômica de Macri – o incremento do gás havia sido anulado em julho.
Esse panorama fez Macri voltar atrás na promessa de melhora na economia. “Não disse que todos os problemas estariam resolvidos no segundo semestre”, afirmou. A meta agora é estar em forma para as eleições de 2017.
Um bom resultado no pleito do ano que vem, que renovará metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, poderá lhe dar mais facilidade para governar e ainda alavancar sua reeleição. Hoje, Macri tem apenas 15 das 72 cadeiras do Senado e 87 das 257 da Câmara. (Folhapress)