Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2016
O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu ameaças de morte neste sábado (16), por telefone e internet. Ele acionou a polícia legislativa para reforçar a segurança da Casa. Cunha também fez chegar a informação sobre as ameaças ao governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, para que a polícia garanta proteção total a sua família.
O peemedebista é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo recebimento de propina desvendado pela Operação Lava-Jato. Cunha já era acusado de ter recebido US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras, conforme foi apontado em delação premiada pelo consultor Júlio Camargo. O procurador da República, Rodrigo Janot, confirmou as acusações.
Segundo as investigações, o negócio foi feito sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
O presidente da Câmara foi alvo da nova denúncia. Um dos delatores da ‘Lava-Jato’, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou que as empresas ligadas à construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, teriam que pagar R$ 52 milhões em propinas [cerca de ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac)] a Cunha.