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Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2015
A abertura do processo de cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está no Conselho de Ética. Porém, com as manobras regimentais até o momento, a expectativa é que só chegue ao colegiado na quarta-feira.
Inicialmente, a primeira sessão na qual será escolhido o relator do caso estava marcada para terça-feira. Agora, a reunião foi transferida para o dia 3 de novembro. O líder do grupo, José Carlos Araújo (PSD-BA), afirmou que, em desencadeado o processo, Cunha terá pouca ingerência sobre o colegiado e instrumentos limitados para postergar uma decisão.
Em abril, o parlamentar fez uma resolução, dizendo que os prazos às comissões poderiam ser contados nos dois tipos de sessões: ordinária e extraordinária. Araújo observou que depois que surgiu o processo contra Cunha, a Mesa da Câmara interpretou que para o Conselho de Ética a orientação não valia.
O presidente do Conselho assegurou que não haverá mais como Cunha interferir. no processo: “As manobras que poderão acontecer serão dentro do grupo, como pedido de vistas e inclusão de testemunhas”.
Sílvio Costa (PSC-PE), um dos vice-líderes do governo federal na Câmara, acusou o peemedebista de chantagear os outros poderes e de usar o cargo de presidente para se proteger das acusações. Cunha rebateu às responsabilizações: “Não tomo nem conhecimento”. (AG)