Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou na segunda-feira (04) dois pedidos de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer, entre eles o apresentado pelo ex-ministro da Educação Cid Gomes.
No pedido protocolado, o ex-governador do Ceará alegava que o vice-presidente e o PMDB são mencionados nas investigações da Operação Lava-Jato. Para justificar a abertura do processo, Cid se baseava na mensagem de texto identificada no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro em que foi citado o pagamento de R$ 5 milhões a peemedebistas. Para a assessoria de Temer, a denúncia tratava de “notícias velhas” e “citações equivocadas”.
No documento, Cid pedia ainda que o pedido não fosse analisado pelo presidente da Câmara, uma vez que ele próprio foi denunciado por fatos relacionados à Lava-Jato, mas pelo vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PMDB-MA). O anúncio de que havia rejeitado o pedido foi feito por Cunha na noite de segunda, mas ele não explicou o motivo.
O segundo pedido que foi arquivado junto com o do Cid havia sido apresentado pelo deputado federal Cabo Daciolo (PTdoB-RJ). O parlamentar já tinha entregue outra denúncia em dezembro do ano passado contra Temer, mas que também acabou sendo rejeitada por Cunha no mesmo mês. A Câmara recebeu ainda um quarto pedido contra Temer, mas que foi enviado para o arquivo em janeiro.
Atualmente, está em tramitação na Casa um pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A defesa dela foi apresentada na segunda-feira pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que negou que ela tenha cometido qualquer crime de responsabilidade. (AG)