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Esporte Presidente da Federação Espanhola de Futebol é preso por corrupção

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Villar é acusado de apropriação indevida de dinheiro e utilização de documentos falsos. (Foto: Reprodução)

O presidente da federação espanhola de futebol, Ángel María Villar, que também é vice-presidente da Fifa, foi preso nesta terça-feira em uma operação que também realizou buscas em diversos escritórios em Madri como parte de uma investigação contra a corrupção, informou a polícia. Villar, seu filho – identificado pela mídia espanhola como Gorka- e diversos outros membros da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) foram detidos sob alegações de conspiração, fraude e pagamentos indevidos, disse a polícia em comunicado. A RFEF não pôde ser contactada para comentar.

Villar, um ex-jogador do Athletic Bilbao, é presidente da federação há quase 30 anos. Ele foi multado em 26 mil dólares no ano passado pelo Comitê de Ética da Fifa por não cooperar com uma investigação sobre a disputa para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022, que deflagrou a pior crise na história do órgão mundial de futebol.

Villar também é vice-presidente da Uefa e concorreu à presidência do órgão no ano passado para substituir o francês Michel Platini, antes de desistir após ser chamado para se reeleger na RFEF. A Fifa e a Uefa disseram em comunicados separados estarem cientes dos relatos da mídia sobre Villar, mas afirmaram não ter comentários adicionais.

Ángel María Villar está no comando do futebol espanhol desde 1988, tendo sido reeleito em maio deste ano para o seu oitavo mandato na entidade. Além disso, atualmente o dirigente faz parte do Comitê Executivo da Fifa e também é o presidente em exercício da Uefa.

O presidente da Federação Espanhola de Futebol também responde um outro processo sobre o uso não justificado de um subsídio público de 1,2 milhões de euros (cerca de R$ 4,4 milhões) destinados à projetos esportivos que nunca foram realizados em países da África e da América Central. No entanto, ainda não há uma estimativa da quantia da verba desviada dos cofres da entidade por Villar.

O número 2 da Fifa Angel María Villar, de 67 anos, tinha horror a transparência, a prestação de contas. Ele acumulou poder em seu país e na Uefa a ponto de se julgar acima de qualquer controle. O cartolão espanhol tinha suas razões para se achar acima da lei: as mudanças ocorridas na cúpula do futebol mundial nunca o afetaram. Desde 2016 a Fifa e a Uefa têm novos presidentes, mas nem Gianni Infantino nem Alexander Ceferin ousaram tocar em Villar.

Angel María Villar era dos cartolas mais próximos ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com quem tramou o apoio ao Catar em 2022 e à candidatura conjunta de Espanha e Portugal em 2018. Os dois também compartilhavam a aversão a jornalistas ou a qualquer ser que fizesse perguntas. Antes de iniciar uma conversa com um desconhecido, Villar sempre perguntava: “Periodista?” Se a resposta fosse afirmativa, ele soltava um resmungo com sua voz roufenha e dava as costas.

Sua relação com a América do Sul era tamanha que empurrou o filho Gorka, também preso nesta terça-feira, para trabalhar na Conmebol. Gorka foi assessor jurídico e depois diretor-geral nas gestões de Nicolas Leoz, Eugenio Figueredo e Juan Napout – não por acaso, hoje estão todos presos.

 

tags: futebol

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https://www.osul.com.br/presidente-da-federacao-espanhola-de-futebol-e-preso-pela-policia/ Presidente da Federação Espanhola de Futebol é preso por corrupção 2017-07-18
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