Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2016
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ampliou por mais 60 dias, neste domingo (13), o estado de exceção e emergência econômica em vigor desde janeiro passado.
“Procedo constitucionalmente a prorrogar o estado de exceção e emergência econômica em todo o território nacional para continuar governando e enfrentando a guerra econômica, apoiando o povo”, disse Maduro, em seu programa semanal de televisão.
O chefe de Estado acusa o empresariado venezuelano de executar, junto com a oposição, “uma guerra econômica” para provocar escassez de alimentos, remédios e produtos básicos, gerando insatisfação popular.
O anúncio de Maduro foi feito um dia depois de delegados do governo e da oposição terem acordado, no âmbito de uma mesa de diálogo, “priorizar” medidas para melhorar o abastecimento. Trata-se da quinta prorrogação do estado de exceção, após as edições de março, maio, julho e setembro. Nenhuma das extensões foi validada pelo Parlamento, e sim pelo TSJ (Tribunal Supremo de Justiça).
Antecipação de eleição
Maduro, descartou neste domingo a possibilidade de negociar uma antecipação das eleições, ou a reativação de um referendo revogatório, no diálogo em curso com a oposição. “Saída eleitoral? Saída para onde? Que ninguém fique obcecado com processos eleitorais que não estão na Constituição”, advertiu Maduro.
Ele garantiu que a mesa de diálogo “vai bem”, após os primeiros acordos firmados por ambas as partes no sábado (12), mas acusou a oposição de desvirtuar seu conteúdo. Um dos negociadores da MUD (Mesa da Unidade Democrática), Carlos Ocariz, disse que a coalizão se manterá no diálogo “até obter o mais importante: eleições nacionais e referendo revogatório”. (AG)