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| Presidente do HSBC qualifica de ação criminosa vazamentos de saldos de contas

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Brandão admitiu que uma das causas do episódio foi o erro de segurança do banco (Foto Édison Rodrigues/Agência Senado)

O presidente do HSBC Brasil, André Guilherme Brandão, qualificou nesta terça-feira de ação criminosa o vazamento de dados de clientes do banco na Suíça, ato que originou o Swissleaks. O executivo também questionou se os números estavam completos ou corretos, e afirmou que a divulgação das informações foi uma falha da empresa.
Brandão participou de audiência pública na CPI do HSBC no Senado. A comissão apura eventuais irregularidades relacionadas a brasileiros nas denúncias do caso. O ex-técnico de informática da companhia  vazou dados bancários de clientes, passando a ser conhecido como o Edward Snowden do setor bancário, em referência ao ex-espião da CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos), que revelou o esquema de espionagem internacional norte-americano.
Falciani é acusado pelas autoridades suíças de roubo de informações. “Trata-se de uma ação criminosa de um ex-empregado da área de tecnologia, que furtou números do sistema do Private Bank do HSBC suíço. Não está claro se a integridade dos dados foi preservada ou mesmo se os próprios dados originais estavam completos ou corretos”, explicou Brandão. O executivo reconheceu, entretanto, que o vazamento também foi uma falha da instituição no que se refere aos procedimentos de segurança. “A divulgação de clientes da empresa, de qualquer forma, foi um erro”, disse o depoente.

Desgastante
Brandão afirmou que o caso é desgastante para o banco, mas ponderou que se trata de assunto antigo. “O que posso dizer sobre o HSBC no Brasil é que nossos clientes entenderam que a gente não tem sofrido nenhum grande impacto financeiro devido a isso. Evidentemente, não é prazeroso ver nossa marca associada a um episódio velho, porém que afetou nossa reputação”, reconheceu o dirigente da instituição.
O executivo concordou que a prevenção de crimes financeiros da companhia na Suíça estava abaixo dos padrões de outras agências do banco. “O Grupo HSBC reconheceu publicamente que, apesar de estar em linha com os parâmetros da indústria da época, a sua cultura de segurança sobre delitos se posicionava em um nível aquém das demais sucursais do grupo na época. Tais padrões eram muito mais baixos do que são hoje”, observou Brandão.
O presidente do HSBC Brasil evitou comentar números veiculados pela imprensa, e alegou não ter acesso à lista de pessoas que teriam contas no banco suíço. “O que eu tenho a dizer é que isso é uma fotografia antiga, com dados que eu não posso confirmar, pois não tenho conhecimento”, ressalvou. “Eu não posso de forma alguma contra-atacar ou argumentar uma informação que eu não tenho. Os dados que eu possuo são públicos, e eu não posso afirmar que essas contas não existiram, porque eu não tenho conhecimento, dadas as regras de sigilo bancário da Suíça”, explicou o executivo.
Durante sua participação na audiência, Brandão citou diversas vezes que, como presidente da instituição no Brasil, ele não tem acesso aos dados dos clientes do HSBC na Suíça. “Por determinação das leis que regem a atividade bancária na Suíça, informações sobre identidades dos clientes e detalhes de suas transações não podem ser divididas com instituições de outros países, ainda que pertençam ao mesmo grupo econômico”, afirmou. “O HSBC Brasil não tem acesso às informações da base de clientes e às operações do Private Bank da Suíça e de nenhuma agência de outro país”, reforçou.

Convite
Os parlamentares que integram a CPI do HSBC aprovaram requerimento para convidar o ex-presidente do HSBC Emílson Alonso, que estava à frente da empresa em 2007. O relator da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), argumentou que as informações prestadas por Brandão foram muito abstratas. O vice-líder do grupo de senadores que investiga o caso, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), também se mostrou insatisfeito. “Saímos com poucas informações aproveitáveis do depoimento do presidente do banco no País. Acho que há contradições sérias nas declarações”, ressaltou o senador.
Rodrigues disse que a comissão entrou em contato com a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR (Procuradoria-Geral da República) e garantiu que é possível que a lista de correntistas brasileiros no HSBC da Suíça estar no Brasil. “Além do acesso à nominata, a PGR pretende facilitar para nós o acesso a Hervé Falciani, que considero o depoimento mais importante da CPI”, comentou o político acreano. Na última semana, a comissão aprovou convite para ouvir o ex-técnico de informática da empresa europeia.
Brandão disse ainda que não passam de rumores que o HSBC venderia seus ativos e sairia do País. Ele afirmou que os boatos não têm nada a ver com o Swissleaks.

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https://www.osul.com.br/presidente-do-hsbc-qualifica-de-acao-criminosa-vazamentos-de-saldos-de-contas/ Presidente do HSBC qualifica de ação criminosa vazamentos de saldos de contas 2015-05-06
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