Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2017
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, autorizou, na noite de segunda-feira (23), que os juízes auxiliares do gabinete de Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ) na semana passada, prossigam os trabalhos nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava-Jato.
Com a morte, os juízes, que tinham delegação do ministro para atuarem no caso, tiveram os trabalhos paralisados. Para esta semana, uma série de depoimentos de delatores já estava marcada. Com a decisão de Cármen Lúcia, a agenda será retomada e ficam mantidos depoimentos que estavam previstos. A ministra tomou a decisão em razão de ela ser a plantonista do Supremo durante o recesso do Judiciário e diante da urgência do tema, uma vez que há delator preso.
A presidente do Supremo ainda terá que decidir sobre o que fazer em relação à relatoria da Operação Lava-Jato. Ou seja, quem será o ministro que vai analisar pedidos de prisão, de abertura de inquérito ou de buscas envolvendo políticos, por exemplo.
Pelo regimento, há diversas possibilidades sobre o relator, como sorteio entre os ministros que atuam hoje no Supremo. A decisão de autorizar o prosseguimento da Lava-Jato dá mais tempo para que Cármen Lúcia converse com outros envolvidos sobre quem comandará a operação no tribunal. (AG)