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Mundo Presidente eleito reforça a hegemonia da direita no Paraguai

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Medidas foram determinadas pelo governo de Mario Abdo Benítez. (Foto: Reprodução)

A eleição presidencial do Paraguai não trouxe surpresas e confirmou, como indicou o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, a permanência do tradicional e conservador Partido Colorado no poder. Com 97,3% das mesas apuradas, o candidato colorado Mario Abdo Benítez, conhecido como Marito, alcançou 46,5% dos votos contra 42,7% de seu principal adversário, Efraín Alegre, do Partido Liberal, ficando com uma vantagem bem mais estreita do que apontavam as bocas de urna.

Com o fantasma da ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989), de quem seu pai, Mario Abdo, foi secretário privado, instalado no país, o candidato colorado conseguiu eleger-se como sucessor do atual presidente, Horacio Cartes, do mesmo partido. Agora, o Paraguai terá um novo chefe de Estado do Partido Colorado, força política que, salvo durante o governo de Fernando Lugo (2008-2012), está à frente do Executivo desde a redemocratização do país, em 1989. A hegemonia colorada vem de antes, já que Stroessner, que até sua morte, em 2006, era amigo da família do novo presidente, também pertencia ao partido.

Com os colorados no Palácio de López, espera-se a consolidação de um modelo político de direita e, em matéria econômica, liberal. Nos últimos 15 anos, o Paraguai reduziu de 50% para 28% a taxa de pobreza (principalmente nos governos Nicanor Duarte Frutos e Fernando Lugo, entre 2004 e 2012) e vem crescendo, em média, 4% ao ano, apesar das turbulências políticas e econômicas nos vizinhos Brasil e Argentina.

A produção de soja (o Paraguai é o quarto exportador de soja do mundo), somada à instalação de fábricas dedicadas, em muitos casos, a produzir para o mercado brasileiro, permitiram ao país atravessar sem sobressaltos as recessões e crises regionais.

O futuro governo deverá aprofundar este modelo, que ainda significa uma taxa de pobreza elevada e um perfil ainda mais conservador do que o atual.

O ainda presidente do Paraguai deverá ser eleito senador, assim como Lugo, ex-padre destituído em 2012 num polêmico processo de impeachment, desencadeado após a revelação de uma paternidade não reconhecida.

A chegada de Marito ao poder é vista com preocupação por setores de centro-esquerda. O candidato colorado propõe uma reforma da Constituição e chegou a falar até mesmo em reativar o serviço militar obrigatório.

 

 

 

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https://www.osul.com.br/presidente-eleito-reforca-a-hegemonia-da-direita-no-paraguai/ Presidente eleito reforça a hegemonia da direita no Paraguai 2018-04-23
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