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Brasil A presidente do Supremo, Carmen Lúcia, diz que está “igual à mulher que apanha”, ao falar sobre as críticas ao Judiciário

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Cármen Lúcia lembrou que a sociedade está atenta ao Judiciário.(Foto: Folhapress)

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira, 7, que está “igual a mulher que apanha”. “Quando a pessoa pega o chicote pra bater no cachorro, ela sai correndo”, disse a ministra. Segundo a ministra, a população tem questionado as decisões do Poder Judiciário. Na avaliação da ministra, que deu palestra em Belo Horizonte, durante o III Encontro do Colégio Nacional de Ouvidores Judiciais, isso ocorreu porque o cidadão “assenhorou-se” do Estado, “como deveria ter sido desde sempre”.

A ministra relatou um episódio, na semana passada, em que leu um painel de propaganda sobre um produto e pensou se tratar de um protesto contra a Corte. “No sábado, tomando um táxi, eu li mal no centro de Belo Horizonte um painel num edifício. Olhei de longe e falei ‘nossa senhora’. Pra mim estava escrito ‘fora, hoje é dia do Supremo'”.

A ministra, porém, percebeu que se tratava do anúncio de um produto. A presidente do STF disse que o taxista, que já a havia reconhecido, fez um comentário sobre a situação. Nesse momento, ela respondeu: “Estou igual a mulher que apanha, na hora que a pessoa pega o chicote pra bater no cachorro, ela sai correndo. De tanto que todo mundo fala do Judiciário, como tem que ser mesmo”.

Cármen Lúcia lembrou que na década de 70 não se sabia o que era Supremo, nem quem compunha a Corte, mas hoje a sociedade está atenta às decisões do Judiciário. “Não são poucas as vezes que o juiz brasileiro hoje, talvez mais que antes, pela própria conformação da sociedade, se vê em contato com pessoas que questionam até as nossas decisões”, afirmou. “Hoje não são poucas as vezes que os juízes, na cidade do interior, e o ministro do Supremo é abordado igualmente, seja no mercado, seja nas mais diversas situações, o cidadão assenhorou-se do estado como deveria ter sido desde sempre”.

Ministra se declara impedida para julgar recurso de eleição no AM

A presidente do Supremo Tribunal Federal se declarou suspeita para analisar os recursos contra a liminar do ministro Ricardo Levandowski, que derrubou a eleição direta no Amazonas. Na decisão desta quinta-feira (6), ela diz que é suspeita por questões de foro íntimo.

Assim que a ministra se declarou suspeita, o processo passou para o vice do STF, Dias Toffoli. Como o ministro não está em Brasília, o processo foi redistribuído e agora está com o ministro mais antigo do Supremo, Celso de Mello.

Como o Judiciário está de recesso desde 1º de julho, o ministro pode, ou não, fazer o julgamento dos recursos nesse período. Depende dele o entendimento de que a decisão é urgente ou pode esperar até o retorno das atividades do Supremo para ser julgado.

Entenda o caso

O ministro do STF Ricardo Lewandowski determinou, no dia 28 de junho, a suspensão da eleição para o Governo do Estado do Amazonas, prevista para ocorrer no dia 6 de agosto.

O pleito suplementar havia sido decretado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio. A decisão cassou os mandatos do ex-governador José Melo, e do vice à época, Henrique Oliveira, por compra de votos nas eleições 2014.

No entendimento de Lewandowski, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não poderia ter determinado uma nova eleição antes de analisar recursos do governador e do vice. A decisão de suspender a eleição é liminar e pode, em tese, ser derrubada pelo plenário do STF.

Atualmente, o presidente da Assembleia, David Almeida (PSD) está no comando do governo do estado. De acordo com o STF, a decisão não prevê o retorno de Melo ou Henrique ao governo.

(AE/AG)

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