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Brasil O executivo brasileiro Carlos Ghosn renunciou à presidência da Renault. Ele está preso no Japão há dois meses, acusado de fraude fiscal

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O executivo Carlos Ghosn está preso em Tóquio desde novembro de 2018. (Foto: Reprodução)

O brasileiro Carlos Ghosn, preso no Japão desde novembro do ano passado, renunciou à presidência da Renault, anunciou nesta quinta-feira (24) o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire. A montadora era, até então, a única marca da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi a mantê-lo no cargo após a sua prisão. O executivo é acusado de fraudes fiscais.

A renúncia de Ghosn, ex-presidente da Nissan, foi comunicada na quarta-feira (23) à direção do grupo, disse Le Maire, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Ghosn permanecerá preso pelo menos até o dia 10 de março, depois que um tribunal de Tóquio rejeitou mais um pedido de liberdade sob fiança na terça-feira (22).

O executivo foi afastado da presidência do conselho da Nissan e da Mitsubishi pouco depois de ser detido, em 19 de novembro. Na época, a Renault decidiu criar um comando interino para a montadora e manteve o brasileiro tanto no cargo de presidente do conselho quanto de presidente da montadora.

Mas, após Ghosn ser indiciado pela promotoria japonesa e novas denúncias serem apresentadas, fazendo com que ele continuasse na prisão, o governo francês pediu que o brasileiro fosse substituído pela Renault. O governo é um dos acionistas da montadora. Após o pedido, feito no último dia 16, a fabricante francesa disse que estava trabalhando ativamente na troca de comando.

Fraudes fiscais

Considerado até então um executivo “superstar” do setor automotivo, Ghosn é acusado de violações e fraudes fiscais envolvendo a Nissan, bem como do uso de recursos da empresa para benefícios particulares e para cobrir prejuízos em investimentos pessoais.

A Justiça ainda não decidiu se aceitará as duas acusações apresentadas até agora contra Ghosn pelos promotores, tornando-o réu. Se isso acontecer, a previsão é de que o julgamento aconteça em meados deste ano e ele pode ser condenado a até 15 anos de prisão.

Na segunda-feira (21), o brasileiro se comprometeu a aceitar qualquer condição da Justiça do Japão para deixar a prisão onde se encontra, em Tóquio, sob pagamento de fiança. Em comunicado divulgado pela agência Kyodo, Ghosn se comprometeu a permanecer no país asiático e a oferecer garantias de que colaborará com as autoridades para convencer o tribunal a conceder o direito à fiança.

“Continuo preso no centro de detenção 64 dias depois de ser detido, sem data de libertação à vista”, afirmou Ghosn na nota publicada por um porta-voz. “Prometo respeitar todas e cada uma das condições que o tribunal possa estabelecer”, completou o executivo.

“Irei ao meu julgamento não só porque estou legalmente obrigado a fazê-lo, mas porque estou impaciente por ter a oportunidade de me defender. Não sou culpado do que me acusam e quero defender minha reputação no tribunal. Nada é mais importante do que isso para mim e para minha família”, destacou Ghosn.

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