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Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), considerado uma prévia da inflação oficial, atingiu 9,25% no acumulado dos últimos 12 meses, o maior nível para o intervalo desde dezembro de 2003 (9,86%). O índice veio em linha com o centro das estimativas de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de uma alta acumulada de 9,28% no período, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira.
Nesse período, a inflação foi afetada primeiro por preços administrados pelo governo, como a energia elétrica e combustíveis. Depois houve o impacto dos alimentos e jogos de azar. A luz teve um avanço de 59,38% nos últimos 12 meses até julho. O grupo de alimentação e bebidas aumentou 10,03% no mesmo período. Com tanta pressão, a inflação está acima do teto da meta do governo, de 6,5% ao ano – o centro da meta é de 4,5%.
Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira foi de 0,59%, desacelerando na comparação a junho (0,99%). Apesar da alta menor do que o mês anterior, a inflação registrada é considerada relativamente alta para os padrões históricos do mês. O índice é maior que o de julho de 2014 (0,17%) e o maior para o mês desde 2008 (0,63%). Os alimentos têm sido o principal responsável por isso. O grupo desacelerou de junho (1,21%) para julho (0,64%).
Economistas consultados pelo boletim Focus, do BC, avaliam que a inflação medida pelo IPCA encerrará o ano em 9,15%. Com a passagem dos reajustes, menor ritmo da economia e aumento dos juros pelo BC, a expectativa é que a inflação diminua para 5,40% em 2016. (Folhapress)